Teoria da resposta ao item : aplicação na avaliação da intensidade de sintomas depressivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Castro, Stela Maris de Jezus
Orientador(a): Riboldi, João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/17457
Resumo: A depressão é uma doença com alta prevalência no mundo todo e se manifesta através de diversos sintomas observáveis, os chamados sintomas depressivos. Determinar a intensidade dos sintomas depressivos pode ser importante para verificar o estágio da depressão e avaliar seu desfecho, e quanto mais acurada e rápida for esta medida mais benefícios podem ser alcançados. A intensidade dos sintomas depressivos é um traço latente que pode ser medido através de instrumentos compostos por itens representativos destes sintomas observáveis, como o Inventário de Depressão Beck (BDI). É importante que a metodologia para analisar instrumentos do tipo do BDI considere que nem todos os sintomas depressivos têm a mesma importância em relação ao traço latente que pretendem medir. A Teoria da Resposta ao Item (TRI) compreende um grupo de modelos lineares generalizados e procedimentos estatísticos associados, que descrevem a associação entre o nível de um indivíduo sobre o traço latente e a probabilidade de uma resposta a um item. Estes modelos têm como uma de suas características especiais que os níveis estimados do traço latente sendo medido incorporam as diferenças em discriminação e gravidade de cada item constante no instrumento de medida, isto é, os itens entram com diferentes pesos na estimativa do traço latente dos indivíduos avaliados. OBJETIVOS: Este trabalho tem por objetivo mostrar a potencialidade dos modelos da TRI e o total aproveitamento das informações quando do uso destes modelos na análise de dados oriundos do BDI para a medida de intensidade de sintomas depressivos. MÉTODO: Os dados são provenientes de um estudo transversal conduzido para realizar a adaptação, normatização e validação para o português das Escalas Beck, em um estudo conduzido pela Dra. Jurema Alcides Cunha (PUCRS) e publicado em 2001; os modelos TRI utilizados na análise destes dados foram o modelo de Resposta Gradual de Samejima (1969) e o modelo para Itens Constrangedores de Cúri (2006). RESULTADOS: Os sintomas depressivos que melhor discriminam a população quanto ao nível de intensidade de sintomas depressivos são sentimento de fracasso, insatisfações, tristeza, auto-aversão, indecisão, dificuldade de trabalhar e pessimismo; e os que menos discriminam são perda de peso, irritabilidade e auto-acusações. Os sintomas mais graves são perda de peso, retraimento social, idéias suicidas, sentimento de fracasso apenas para as mulheres e perda da libido apenas para os homens (estes dois últimos são itens com funcionamento diferencial). CONCLUSÕES: Este estudo mostrou os inúmeros ganhos advindos da utilização de modelos TRI na avaliação da intensidade de sintomas depressivos, pois sua utilização aproveita totalmente a informação, considerando o perfil de cada indivíduo que responde ao instrumento, contribuindo na identificação daqueles que apresentam potencial depressivo.