Entre o ciberespaço e o espaço urbano : interespacialidade e multi-transterritorialidade dos movimentos sociais durante as jornadas de junho de 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Caldas, André Fernandes de
Orientador(a): Câmara, Marcelo Argenta
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/283536
Resumo: Esta dissertação investiga a relação entre interespacialidade e multitransterritorialidade no ciberespaço e sua importância para os movimentos sociais no Brasil, com foco nas Jornadas de Junho de 2013. O objetivo principal foi analisar como esses conceitos contribuem para a compreensão da ação política de movimentos sociais, na dinâmica entre o ciberespaço e o espaço urbano. A pesquisa se baseou em entrevistas com membros de movimentos sociais envolvidos nas Jornadas de Junho de 2013, além da análise bibliográfica a respeito das práticas políticas no ciberespaço. Os resultados revelam que o ciberespaço funcionou como um território de articulação política, complementando a ocupação do espaço urbano nas manifestações. Ao mesmo tempo, revelam também que o uso das tecnologias da informação e comunicação, por um lado, possibilitou a construção de redes ágeis e dinâmicas, mas, por outro lado, evidenciou limites quanto à profundidade das conexões e ao controle sobre o espaço digital. As plataformas digitais, muitas vezes controladas por grandes corporações, restringem a autonomia dos movimentos sociais, sujeitando-os à censura algorítmica, à vigilância estatal e à fragmentação do discurso. Além disso, o caráter efêmero de algumas mobilizações digitais não garante a continuidade das ações no espaço físico, onde a construção de territórios de resistência é essencial para consolidar as lutas. Conclui-se que a interespacialidade e a multitransterritorialidade desempenham um papel fundamental para a compreensão das novas dinâmicas políticas dos movimentos sociais contemporâneos.