Relação entre papéis de gênero, bem-estar subjetivo e personalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Barros, Mônica Colognese
Orientador(a): Hutz, Claudio Simon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263954
Resumo: O estudo científico das diferenças e similaridades de gênero é crítico para a compreensão do comportamento humano, uma vez que essas diferenças compõem construtos centrais e determinantes da identidade dos indivíduos e exercem importantes influências em suas relações sociais. A personalidade, também central ao entendimento do comportamento, refere-se aos padrões de pensamentos, emoções e ações que caracterizam as pessoas nas mais diversas situações. A personalidade tem demonstrado sua importância preditiva nas mais variadas dimensões do funcionamento humano; especificamente no Bem-Estar Subjetivo (BES), características de personalidade mostram-se como principais preditoras. A partir dessa conjuntura, o objetivo desta pesquisa foi verificar as relações entre papéis de gênero, personalidade no modelo dos Cinco Grandes Fatores e BES. Para tanto, no Estudo 1, elaborou-se uma Escala de Papéis de Gênero, a partir de um levantamento de dados realizado junto à população alvo e de um instrumento consagrado para avaliar papéis de gênero (Bem Sex Role Inventory). A Escala apresentou adequados índices picométricos que forneceram evidências de sua validade e precisão para aferir duas dimensões de papéis de gênero: masculinidade e feminilidade. No Estudo 2, aplicou-se a Escala de Papéis de Gênero, a Bateria Fatorial de Personalidade, a Escala de Afetos Positivos e Negativos e a Escala de Satisfação de Vida em 477 pessoas provenientes de quatro regiões do Brasil. A idade média da amostra foi 29,1 anos (DP=8,90), 54,5% eram mulheres. s resultados demonstraram que a Masculinidade correlacionou-se positivamente com os fatores de personalidade Extroversão e Realização, principalmente com os subfatores Dinamismo e Competência respectivamente. A Feminilidade mostrou-se positivamente correlacionada com o fator Socialização, sobretudo com o subfator Amabilidade. Adicionalmente, verificou-se que Extroversão, Realização e Masculinidade foram preditores positivos da Satisfação de Vida. Para o Afeto Positivo foram preditores a Extroversão, Realização, Abertura, a Feminilidade e a Masculinidade; enquanto que para o Afeto Negativo os preditores foram Neuroticismo, Realização e Feminilidade. Ainda que de modo bastante modesto, verificou-se que as dimensões de papéis de gênero mostraram-se preditoras do BES juntamente com as dimensões de personalidade. Os resultados sugerem que masculinidade e feminilidade são características que devem ser levadas em conta na explicação do bem-estar subjetivo.