A fratura da função paterna e o processo de simbolização : um estudo com crianças de periferia urbana em fase de escolaridade inicial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Maggi, Noeli Reck
Orientador(a): Folberg, Maria Nestrovsky
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256250
Resumo: Este trabalho investiga a capacidade de simbolização em crianças que sofreram fratura da função paterna no seu desenvolvimento inicial. A pesquisa foi realizada com crianças em fase de escolaridade inicial que pertencem a uma comunidade de periferia urbana da cidade de Porto Alegre. A metodologia de caráter descritivo e qualitativo utilizou como instrumentos de coleta de dados observações, entrevistas, grupo focal, narrativas infantis e brinquedo. Para analisar o material empírico, foram levantadas categorias conceituais e de generalização científica a fim de melhor compreender a criatividade e o processo de simbolização dos sujeitos investigados nesta pesquisa. Foram analisados os efeitos da função paterna fraturada no desenvolvimento do espaço potencial de criatividade na vida das crianças. O estudo buscou fundamentação teórica na psicanálise, especialmente nos referenciais de Freud, Winnicott, Lacan e Piera Aulagnier para fazer a reflexão metapsicológica na construção dos dois estudos de caso. Os resultados indicam que, mesmo sofrendo profundas privações no desenvolvimento inicial, as crianças preservam a capacidade de operar no nível simbólico com recursos do imaginário, especialmente através do brinquedo. Este estudo pretende confirmar a tese de que os sujeitos com função paterna fraturada desenvolvem capacidade de simbolização de modo eficaz, na medida em que os pais ou responsáveis pela educação da criança sejam continentes e também tenham sido inscritos pela função paterna.