Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Alves, Lucas de Liz |
Orientador(a): |
Martinez, Flavia Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/287801
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Resumo: |
Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa que afeta a caminhada, o equilíbrio dinâmico e a coordenação intersegmentar. Embora existam diversos estudos que analisam a caminhada em sujeitos com DP, as adaptações biomecânicas e de coordenação durante a caminhada em inclinações ainda são pouco compreendidas. Este trabalho está dividido em dois estudos. O primeiro (Estudo A) teve como objetivo avaliar os efeitos de inclinações e velocidades na biomecânica da caminhada, com ênfase no recovery pendular, trabalho mecânico, parâmetros espaçotemporais e amplitude de movimento articular (ADM) dos membros inferiores. O segundo (Estudo B) investigou como os efeitos de diferentes inclinações e velocidades sobre a coordenação intersegmentar por meio da Continuous Relative Phase (CRP). Métodos: No Estudo A, oito participantes diagnosticados com DP em estágio < III de Hoehn e Yahr realizaram caminhadas em esteira em três inclinações (0%, 5% e 10%) a duas velocidades (1 km/h e 3 km/h). Os dados cinemáticos foram coletados utilizando o sistema OpenCap para medir recovery pendular, trabalho mecânico, parâmetros espaçotemporais e ADM. A análise estatística incluiu ANOVA de medidas repetidas e Statistical Parametric Mapping (SPM). No Estudo B, os dados foram utilizados para a avaliação do CRP dos segmentos dos membros inferiores. Dados cinemáticos coletados pelo sistema OpenCap permitiram a análise de parâmetros espaçotemporais e da coordenação intersegmentar. Resultados: Os resultados do estudo A indicaram que o recovery pendular diminuiu com o aumento da inclinação e velocidade, refletindo maior demanda mecânica. O comprimento e o tempo da passada reduziram em inclinações mais altas, enquanto o tempo de contato com o solo aumentou. As ADMs do tornozelo e do quadril foram particularmente sensíveis às mudanças, destacando a necessidade de maior amplitude para vencer os aclives. Alterações nos ângulos articulares em subfases específicas da caminhada foram observadas por meio do SPM, com maior flexão do joelho e do quadril, além de aumento da dorsiflexão do tornozelo em inclinações mais elevadas. No estudo B, os resultados mostraram que o aumento da inclinação resultou em amplitudes reduzidas e maiores desvios de fase entre os segmentos 10 articulares, indicando padrões de caminhada mais rígidos. Adaptações na coordenação, caracterizadas por maior rigidez e alterações nos padrões intersegmentares sugerem estratégias compensatórias, adotadas para manter o equilíbrio dinâmico em inclinações. Esses achados sugerem que inclinações desafiam a mecânica da caminhada de sujeitos com DP, reforçando a importância de intervenções específicas para melhorar sua mobilidade. Conclusão: De forma geral, a inclinação e a velocidade influenciam significativamente a biomecânica e a coordenação da caminhada em indivíduos com DP. O Estudo A destacou adaptações mecânicas e articulares para lidar com maiores inclinações, enquanto o Estudo B evidenciou padrões de caminhada mais rígidos e alterações na coordenação intersegmentar. Esses resultados reforçam a necessidade de intervenções específicas para melhorar o equilíbrio, a mobilidade e a funcionalidade na caminhada de sujeitos com DP, especialmente em superfícies inclinadas. |