Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Donida, Rebeca Gimenes |
Orientador(a): |
Haas, Aline Nogueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/203830
|
Resumo: |
A doença de Parkinson (DP) consiste em uma desordem neurodegenerativa, que ocorre progressivamente e incapacita seus portadores. Pacientes com DP apresentam prejuízos motores, como rigidez muscular, tremor de repouso, lentidão de movimentos, instabilidade postural, e alterações na marcha e no equilíbrio; e distúrbios não-motores, como fatores cognitivos e neuropsiquiátricos, depressão, e uma consequente diminuição da qualidade de vida. A dança e a caminhada nórdica podem ser ferramentas importantes no tratamento complementar destes pacientes, quando somadas a terapias medicamentosas e fisioterápicas tradicionais. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo geral verificar os efeitos de um programa de dança versus programa de caminhada nórdica no equilíbrio de indivíduos com DP. Seus objetivos específicos são: verificar se, em pacientes com DP, aulas de dança são efetivas para a melhora do equilíbrio, quando comparadas a outros grupos com outra ou nenhuma intervenção, em ECRs, por meio de uma Revisão Sistemática com metanálise; avaliar o equilíbrio após os períodos de intervenção inter e intra grupos (grupo dança x grupo caminhada nórdica); avaliar a flexibilidade após os períodos de intervenção inter e intra grupos (grupo dança x grupo caminhada nórdica); avaliar a força após os períodos de intervenção inter e intra grupos (grupo dança x grupo caminhada nórdica). Foram realizados dois estudos: o Estudo 1 e o Estudo 2. O Estudo 1 consistiu uma revisão sistemática com metanálise, que investigou o efeito de intervenções com aulas de dança no equilíbrio de portadores de DP, comparada com outras intervenções ou nenhuma intervenção, em ECRs, sem restrição de idiomas ou períodos. Como resultado, a intervenção com dança foi mais eficaz na melhora do equilíbrio dinâmico, comparada à grupos controle sem intervenção. O Estudo 2 foi um ensaio clínico randomizado com indivíduos com DP, que participaram de um protocolo de 22 aulas de Dança ou de Caminhada Nórdica e foram avaliados antes e após as intervenções. O desfecho primário avaliado foi o equilíbrio; os secundários, flexibilidade e força. Na etapa 1 (triagem), era aplicada uma anamnese, a UPDRS III, a escala H&Y e o teste de 6 minutos de caminhada (TC6). Na etapa 2, eram realizados os testes de flexibilidade (ângulo poplíteo, teste de Ely e teste de Thomas), e o teste de força de preensão manual, utilizando a divisão membro afetado ou não afetado pela DP. Na etapa 3, por fim, eram realizados os testes de equilíbrio na plataforma de força, com olhos abertos e fechados, nos eixos ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML). GD e GN melhoraram o equilíbrio estático, a flexibilidade e a força de preensão manual; porém, GC também demonstrou melhoras. Alguns dos resultados encontrados foram significativos (amplitude média AP e ML, velocidade média AP e ML, velocidade RMS AP e ML, ângulo poplíteo, teste de thomas, teste de ely, força de preensão manual). Alguns, no entanto, não demonstraram significância estatística (posições RMS AP e ML, frequência espectral AP e ML, 80 % da frequência espectral AP e ML). GD foi superior nas melhoras AP, com olhos fechados, com olhos abertos e fechados na mesma variável, nos membros afetados pela DP, e no UPDRS. GN foi superior nas melhoras ML, e com olhos abertos. A hipótese foi parcialmente aceita. Sugere-se que sejam realizados estudos com avaliações após períodos mais prolongados de intervenção, como 6, 12 e 24 meses, para que se possa verificar os efeitos a longo prazo das intervenções na DP em relação às variáveis estudadas. |