Causas de morte de matrizes suínas em granjas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schwertz, Claiton Ismael
Orientador(a): Driemeier, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/235159
Resumo: A taxa de mortalidade de porcas em uma unidade de produção intensiva de suínos representa um importante dado produtivo, pois está diretamente ligada a investimentos econômicos e perdas financeiras. Em vista da escassez de informações sobre o tema e da importância que o mesmo apresenta para a suinocultura, tornam-se necessários estudos que busquem determinar as principais doenças que acometem as matrizes suínas no Brasil. O objetivo deste trabalho é determinar causas de morte de matrizes suínas em granjas brasileiras, assim como caracterizar aspectos epidemiológicos e patológicos das principais condições. Para a realização deste estudo, foram realizadas visitas a três granjas suinícolas localizadas nos estados de Santa Catarina (Granja A - 8.500 matrizes), Mato Grosso (Granja B - 16.500 matrizes) e Paraná (Granja C - 2.750 matrizes). Cada período de coleta de dados compreendeu em média 12 dias, durante os quais realizou-se a necropsia de todas as matrizes que morreram ou foram submetidas à eutanásia. Fragmentos de órgãos foram coletados para exame histopatológico e bacteriológico e, adicionalmente, anotaram-se as seguintes informações referentes às matrizes necropsiadas: provável causa da morte de acordo com a macroscopia, estágio reprodutivo, ordem de parto e tipo de morte. Os dados das três granjas foram analisados conjuntamente e as doenças foram classificadas em categorias de acordo com o sistema orgânico acometido. No total foram realizadas 138 necropsias e dessas, em 132 obteve-se diagnóstico conclusivo. Os estágios reprodutivos mais frequentes foram gestação e lactação (33,3 e 31,9%, respectivamente), seguidas pelas fêmeas parturientes (17,4%), descartes (9,4%), intervalo desmame-estro (IDE) (4,3%) e leitoas (3,6%). A ordem de parto média foi 3,4. A eutanásia foi o tipo de morte em 36,2% das porcas e 63,8% morreram de forma espontânea. As categorias com maior casuística foram as doenças dos sistemas reprodutor (28%), digestório (25%), locomotor (22%), cardiovascular (9,1%), hematopoiético (6,1%), nervoso (4,5%) e demais sistemas (5,3%). As doenças com maior frequência de diagnósticos foram prolapso uterino com 16 casos (12,1% dos diagnósticos conclusivos), úlcera gástrica (13 casos - 9,8%), artrite bacteriana (11 - 8,3%), torção de lobo hepático (11 - 8,3%), insuficiência cardíaca (9 - 6,8%), prolapso de vagina ou de vagina e reto (9 - 6,8%) e pododermatite (8 - 6,1%). Embora 58,2% das mortes tenham sido devido a uma das sete doenças mais frequentes, houve grande variabilidade de diagnósticos.