Habitação coletiva econômica, urbanidade e habitabilidade : estudo tipológico em Porto Alegre/RS e Montevidéu (Uruguai)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vieira, Jorge Luiz
Orientador(a): Abreu Filho, Silvio Belmonte de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/171708
Resumo: O trabalho aborda a trajetória da produção de habitação coletiva econômica em altura, nas cidades de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Montevidéu, no Uruguai, no período de 1985 a 2010. Procura identificar os principais eventos que reverberavam em um movimento de intenso debate sobre o papel da arquitetura para o cenário de abertura política para muitos países latino-americanos. Demonstra a importância desse período, ao mesmo tempo rico de possibilidades, mas também repleto de fortes impactos econômicos, políticos e sociais, que resultaram do enfraquecimento do Estado Providência, do desmantelamento da União Soviética e da hegemonia do neoliberalismo. Aponta as experiências para a recomposição da arquitetura como disciplina que constrói a cidade, especialmente pelas propostas que, emanadas dos principais polos de difusão da arquitetura no Brasil e no Uruguai, expuseram em projetos e obras inspiradas nos aportes teóricos e nas experimentações críticas ao Movimento Moderno advindas da Europa, como aquelas realizadas pela IBA-87, em Berlim. Busca, nas raízes das transformações morfológicas por que passaram essas cidades, entender como cada uma assimilou os pressupostos da modernidade, de forma breve em relação aos aspectos econômicos, sociais e políticos e, de forma mais detida, com relação às influências do Movimento Moderno sobre a arquitetura e a cidade, especialmente sobre suas normativas institucionais e a produção de habitação. A partir dos resultados obtidos da análise dos parâmetros de urbanidade e de habitabilidade, aplicados sobre os quatro exemplares dos conjuntos de habitação coletiva econômica em altura, selecionados em cada cidade, procura- se avaliar as contribuições das políticas públicas e dos agentes envolvidos, incluindo-se o protagonismo dos arquitetos, especialmente no momento em que as cooperativas habitacionais passam a ser reintegradas nas políticas de financiamento e de ordenamento territorial, no caso de Montevidéu, e da implantação do programa Minha Casa Minha Vida, no caso do Brasil, rebatido à especificidade da cidade de Porto Alegre. Por último, procura-se ressaltar a importância dos parâmetros de urbanidade e de habitabilidade como indicativos de qualidade projetual, especialmente para o ensino de projeto de habitação de interesse social.