Reconciliação medicamentosa de pacientes em uso de varfarina em um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schmidt, Michele Gai
Orientador(a): Amador, Tania Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201555
Resumo: Discrepâncias medicamentosas entre medicamentos de uso domiciliar e os de uso hospitalar podem contribuir para o aparecimento de eventos adversos na hospitalização e na alta de pacientes. Os erros decorrentes do uso inadequado de medicamentos durante a internação hospitalar são muito preocupantes, podendo causar danos irreversíveis sobre a saúde. Estudos têm demonstrado que reconciliação medicamentosa (RM) tem grande impacto na prevenção de eventos adversos graves relacionados a medicamentos. Objetivo: Identificar, por meio de RM, discrepâncias não intencionais (DNI) entre prescrição da internação hospitalar e medicamentos de uso domiciliar de pacientes usuários de varfarina e quantificar a aceitação das intervenções farmacêuticas pela equipe médica. Método: Estudo prospectivo conduzido em hospital universitário, com pacientes em uso de varfarina, internados no período de março a julho de 2014. Dados da RM foram coletados na admissão hospitalar e discrepâncias não intencionais (DNI) foram identificadas por meio da comparação das listas de medicamentos usados no domicilio e os prescritos na internação hospitalar. As intervenções com a equipe médica ocorreram por meio de alertas eletrônicos, monitoradas por três dias e classificadas como aceitas, não aceitas e aceitas parcialmente. Resultados: Um total de 103 pacientes foram acompanhados e os números de medicamentos prescritos por paciente tiveram uma média de 11,92 +- 3,5 e medicamentos de uso domiciliar média de 4,85 +- 2,7. Identificou-se 105 discrepâncias, sendo destas 75 classificadas como DNI, apresentando 0,9 discrepâncias por paciente. DNI com maior percentual (77,3%) foi omissão de algum medicamento usado antes da internação. Como classe terapêutica mais presente nas omissões, aparecem os psicoanalépticos (17,5%), seguido pelos diuréticos (15,8%) e medicamentos para distúrbios ácidos (12,3%). As intervenções farmacêuticas foram aceitas em 72,2% na totalidade, 9,3% parcialmente e 18,5% não foram aceitas. Varfarina com sinvastatina foi a interação medicamentosa mais freqüentemente encontrada, em 72,9% das prescrições. Já o medicamento mais envolvido nas omissões foi o omeprazol e o segundo o citalopram. Conclusão: foram identificadas taxas de discrepâncias não intencionais semelhantes a outros estudos conduzidos internacionalmente, inclusive envolvendo as classes terapêuticas mais presentes nas discrepâncias não intencionais, mostrando a importância da reconciliação medicamentosa. Intervenções farmacêuticas foram bem aceitas pela equipe médica, corroborando a importância do farmacêutico na equipe multiprofissional para prevenir aparecimento de eventos adversos relacionados a medicamentos e garantir a segurança de pacientes.