Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Perilla Daza, Deissy Cristina |
Orientador(a): |
Schuch, Patrice |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
spa |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213389
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Resumo: |
Em 2016, o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos endossou os Acordos de Paz entre o Governo Nacional e as FARC-EP através de um referendo que buscava o apoio popular dos cidadãos. Esse endosso popular dos Acordos perdeu nas urnas, arriscando o próprio processo de paz, e gerou várias reações de cidadania por parte de vários setores - políticos, ativistas, vítimas do conflito armado, acadêmicos, setores populares, sindicatos, religiosos, entre outros. Surge então um amplo movimento plural em apoio ao processo de paz chocado pela rejeição dos Acordos: por que os colombianos não queriam a paz? Essa era a questão generalizada da época. Aproximando-me de alguns movimentos da sociedade civil e me tornando um membro ativo do Campamento por la Paz, comecei a explorar esta questão. No caminho, encontrei várias contradições, incluindo as mais óbvias: o discurso idealizado do Estado sobre a paz contrastava com as estatísticas da escalada da violência desde a assinatura dos Acordos. Utilizando técnicas de observação participante, bem como entrevistas em profundidade em vários espaços - ciberespaço, movimento cidadão Campaz e Zona Veredal de Transición y Normalización (ZVTN) - concluí, entre outras coisas, que o que está em jogo neste novo cenário, são as diversas produções de verdade sobre a paz, de uma perspectiva histórica, bem como na estrutura do atual processo de paz. Eu fiquei interessada, em particular, em analisar como o Estado articulou a paz, mas também como os cidadãos, a partir de seus exercícios políticos, pedagógicos e emocionais, também construíram conhecimento e verdade sobre a paz a partir de múltiplas perspectivas e espaços. Este estudo me levou a construir o campo da paz como uma produção de verdade. A tese expõe, em primeiro lugar, que as visões do Estado sobre a paz são limitadas e que as comunidades têm diferentes maneiras de articular o processo de paz a partir de práticas de aprendizagem locais e comunitárias. Através da análise de um material etnográfico inédito, Minha tese contribui para o esclarecimento dessas visões de paz desde o local e em um momento de transição para o pós-conflito. |