Crenças sobre sexualidade entre estudantes de Medicina de uma Universidade Federal do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Grecco, Cristina Helena Luz
Orientador(a): Vettorazzi, Janete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/199086
Resumo: Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) reuniu princípios basilares para a felicidade dos povos. A sexualidade é dos pilares para a manutenção de uma vida saudável. Espera-se que os profissionais de saúde estejam aptos a discutir o tema com naturalidade e conhecimento adequado. Nesse sentido surgem os conceitos de crenças e crendices sobre sexualidade. Entendemos como crenças o conjunto de informações mais corretas sobre sexualidade e, como crendices, os conhecimentos da área, disseminados pela sociedade, que não possuem embasamento científico. As crendices, muitas vezes, contribuem para a prática médica equivocada em relação a sexualidade. Objetivo: Avaliar as crenças e crendices sobre sexualidade entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAMED-UFRGS). Delineamento do Estudo: Estudo transversal, realizado entre estudantes de uma universidade pública brasileira (UFRGS) no ano de 2018. Foi aplicado um questionário online padronizado sobre características sociodemográficas e crenças e crendices sobre sexualidade. Os estudantes foram separados em grupos conforme o semestre: grupo 1 (1º ao 4º semestre), grupo 2 (5º ao 8º semestre) e grupo 3 (9º ao 12º semestre). Resultados: 308 estudantes responderam o questionário, sendo destes 80 (26,0%) do grupo 1, 114 (37,0%) do grupo 2 e 114 (37,0%) do grupo 3. 42,9% eram homens e 57,1% mulheres. A maioria dos estudantes declarou-se branca (83,44%) e sem religião (51,6%). Houve predomínio de crenças em relação às crendices sobre sexualidade, sendo que o grupo 1 apresentou mais crendices em relação aos demais grupos. Neste grupo, 15% acreditam que a homossexualidade é uma doença, 21,3% crêem que o 9 orgasmo precisa ocorrer simultaneamente entre os parceiros para que a relação sexual seja gratificante, 17,5% julgam perigoso manter relações sexuais durante a menstruação e 12,5% acham a virgindade um fator importante para o êxito no casamento, dentre outros aspectos. Já os do grupo 3 mostraram entender que a maioria dos problemas sexuais é de origem psicológica (71,1%), além de a grande parte dos estudantes responderem as perguntas de acordo com a crença, confirmando o predomínio das mesmas nos semestres mais avançados em relação aos semestres iniciais. Conclusão: O estudo demonstrou que, ao longo do curso, alguns equívocos sobre sexualidade são esclarecidos. Entretanto, mesmo os estudantes de Medicina, conservam as crendices, havendo necessidade de educação sexual adequada nos cursos médicos.