Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Kopp, Victória Vieira |
Orientador(a): |
Gutterres, Mariliz,
Santos, Joao Henrique Zimnoch dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213166
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Resumo: |
O encapsulamento é uma técnica utilizada para impedir alterações em componentes bioativos, que são instáveis e podem sofrer oxidação ou volatilização, como o óleo essencial de cravo (OEC). Esse óleo pode ser utilizado como agente antimicrobiano natural para aplicação na indústria do couro, para evitar a modificações prejudiciais na superfície e nas propriedades físico-mecânicas dos couros. Neste trabalho foi avaliado o desenvolvimento de cápsulas de OEC em diferentes concentrações (1 a 10%) sintetizado pelo método de extrusão, utilizando alginato de sódio (1 e 3%) e gelatina (1%), como encapsulantes e pelo método sol-gel utilizando tetraetoxisilano (TEOS) como precursor da sílica, como encapsulante. Avaliou-se a atividade antimicrobiana do óleo livre e encapsulado. As cápsulas foram caracterizadas quanto ao seu tamanho e suas propriedades químicas, texturais e estruturais. Os resultados obtidos foram promissores, pois foi observada forte atividade antibacteriana do OEC livre através do halo de inibição no método de difusão: Staphylococcus aureus (36 mm) e Escherichia coli (19 mm). Quando encapsulado, o OEC exibiu halos de inibição de 18 a 34 mm contra S. aureus e de 12 a 17 mm contra E. coli. A atividade antifúngica foi testada com a cápsula com sílica, que inibiu o crescimento do fungo Aspergillus niger com halo de inibição de 22 a 50 mm, com o aumento da concentração de óleo. De acordo com o tamanho, foram desenvolvidas microcápsulas de alginato de 2 mm (com 3% de alginato) e 0,02 mm (com 1% de alginato) e nanocápsulas de sílica com distribuição bimodal na faixa de diâmetro de 39 a 50 nm e 100 a 200 nm. Através da liberação controlada pode-se constatar que o óleo encapsulado foi liberado gradativamente ao longo do tempo e em 24 h liberou 100 % da sua concentração. A análise estrutural no FTIR mostrou as interações entre o OEC e os encapsulantes. As cápsulas desenvolvidas podem ser utilizadas para liberação controlada do microbicida natural. As cápsulas gelationosas de alginato de sódio e gelatina, por serem de dimensões maiores, podem ser utilizadas diretamente nos produtos de couro acabados, como dispositivos antimicrobianos para evitar o crescimento de fungos durante o armazenamento. As cápsulas de sílica em pó, por terem dimensões mais reduzidas, podem ser aplicadas durante o processamento do couro. |