Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Ferla, Aline |
Orientador(a): |
Dias, Alexandre Simões |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/118325
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Resumo: |
Introdução - Embora aparentemente simples, a deglutição é uma função neurovegetativa complexa, dependente da integridade das estruturas anatômicas e de uma organização de elementos neurais no cérebro e no tronco encefálico. Neste contexto, sabe-se que a intubação orotraqueal (IOT) pode contribuir na instalação e piora do quadro disfágico. Objetivo – Analisar, comparar e correlacionar os parâmetros da avaliação clínica fonoaudiológica da deglutição e a atividade elétrica dos músculos masseteres e supra-hióideos em pacientes pós IOT, com e sem doença neurológica associada, em Unidades de Terapia Intensiva. Material e Métodos - Este trabalho foi desenvolvido no Hospital Pompéia, Caxias do Sul - RS, em co-participação com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS. A amostra foi constituída por sujeitos de ambos os sexos, com idades entre 21 e 89 anos. No Grupo Experimental (GE), foram avaliados 30 sujeitos submetidos à IOT (17 com histórico de doença neurológica associada – GE1 – e 13 sem histórico de doença neurológica - GE2). Foram selecionados 29 sujeitos sem alterações clínicas para a composição do Grupo Controle (GC). Todos foram submetidos à avaliação eletromiográfica (EMG) de deglutição. Utilizou-se o eletromiógrafo Miotool 400®, 14 bits de resolução, 2000 amostras/segundo/canal, filtro passa-alta de 20Hz e passa-baixa de 500Hz. O sinal EMG foi normalizado e processado através do software Matlab®. Os pacientes dos grupos GE1 e GE2 também foram submetidos ao Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia (PARD). A análise estatística foi realizada pelo Teste de Kruskal-Wallis (post-hoc de Dunn), Teste de Correlação de Sperman e Teste exato de Fisher. Resultados – À análise do PARD, foram observados sinais de disfagia orofarígea em ambos os grupos experimentais, sem diferenças estatisticamente significantes entre os mesmos. Tanto na análise dos valores normalizados de amplitude do sinal eletromiográfico, assim como na análise dos valores de tempo de ativação muscular, os pacientes dos grupos GE1 e GE2 apresentaram medianas de atividade elétrica estatisticamente diferentes de seus controles. A análise dos valores de tempo do sinal eletromiográfico apresentou correlação direta com a severidade da disfagia orofaríngea - PARD (p=0,029), e esta com o tempo de IOT (p=0,04). Conclusão - Pacientes submetidos à IOT, com e sem doença neurológica associada, apresentaram sinais de disfagia orofaríngea observados tanto na avaliação clínica fonoaudiológica (PARD), quanto na avaliação eletromiográfica. Os achados, nos grupos experimentais, de maiores medianas de valores normalizados de amplitude, assim como de maiores valores de duração de ativação do sinal eletromiográfico, permitiram inferir que o uso de IOT interferiu no processo normal de deglutição. O PARD mostrou-se um instrumento válido para avaliar a disfagia orofaríngea em Unidades de Terapia Intensiva e a EMG de superfície, quando associada à avaliação clínica, ofereceu informações adicionais para o entendimento da fisiologia da função da deglutição. |