Tempo de intubação orotraqueal e disfagia: incidência, intervenção fonoaudiológica e indicadores de prognóstico na reabilitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lobrigate, Nadia Lais [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6315660
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53013
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar a incidência da disfagia segundo tempo de intubação orotraqueal; verificar a eficiência da reabilitação fonoaudiológica segundo o tempo de intubação orotraqueal, além de verificar os indicadores de prognóstico dos pacientes disfágicos que atingiram níveis funcional ou normal nas escalas durante a reabilitação. MÉTODO: Estudo observacional, analítico e retrospectivo, realizado no Serviço Integrado de Fonoaudiologia (SIF) do Hospital São Paulo, por meio da análise dos prontuários de 91 pacientes que estiveram internados na UTI geral entre os anos de 2014 e 2016, submetidos à intubação orotraqueal por período superior a 24 horas e sem alterações neurológicas. Os pacientes foram divididos em GI, GII e GIII, de acordo com o tempo de intubação orotraqueal e foram submetidos à avaliação inicial e final visando a classificação da funcionalidade da alimentação e gravidade da disfagia, de acordo com as Escalas FOIS e DOSS. O banco de dados coletado foi registrado no programa EXCEL e os dados foram analisados estatisticamente por meio dos testes tindependente e os testes de ANOVA, conforme conveniência. RESULTADOS: 48,35% da amostra total apresentaram disfagia após a extubação. A reabilitação fonoaudiológica foi benéfica para a maioria dos pacientes (n=36; 81,81%), uma vez que conseguiram evoluir o nível de ingestão de alimento por via oral e reduzir a gravidade da disfagia. O número de terapias e a ausência de intercorrências durante o tratamento foi significante para a melhora dos pacientes nas escalas, sendo que os pacientes que melhoraram receberam, significantemente, maior número de terapias e apresentaram menos presença de intercorrências, comparandoos às pessoas que não melhoraram. O indicador significante de prognóstico de bons resultados de tratamento foi a ausência de intercorrências durante a reabilitação. CONCLUSÕES: Pacientes submetidos à intubação orotraqueal, independente de sua duração. A reabilitação fonoaudiológica foi eficiente em todos os grupos. Os indicadores de prognóstico que influenciaram na melhora da deglutição foram: maior número de sessões de fonoterapia e ausência de intercorrências durante o período da reabilitação. O tempo de IOT foi diretamente proporcional ao tempo de uso de VAA e ao tempo de internação hospitalar. O reestabelecimento da deglutição até os níveis funcional e normal foi possível nos pacientes que apresentaram menor número de intercorrências. As escalas FOIS e DOSS apresentaram nível de associação significante.