Capacidades de inovação no agronegócio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Leo, Ricardo Machado
Orientador(a): Zawislak, Paulo Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266846
Resumo: Ao longo do tempo, as atividades econômicas oriundas do campo passaram por sucessivas ondas de mudança tecnológica, culminando no que hoje se conhece como agronegócio. O agronegócio está fundamentado na complementaridade de conhecimento estabelecido entre as firmas em detrimento dos conhecimentos gerados por cada uma individualmente. Ao seguir esse caminho, a preocupação está nos conhecimentos existentes, desconsiderando o avanço tecnológico desenvolvido pelas firmas. No entanto, na nova dinâmica técnico-econômica, as firmas do setor estão ampliando o desenvolvimento tecnológico nos seus limites, impactando as cadeias por meio da inovação. Deste modo, abordagens utilizadas tradicionalmente para análises do setor, muitas vezes, acabam se tornando limitadas diante dessa nova dinâmica, onde a inovação ocupa o papel central. Torna-se necessária uma estrutura analítica capaz de capturar a incorporação de conhecimentos, de interpretar o comportamento inovador e de aprofundar o entendimento das relações dessas firmas com as cadeias e o mercado. A abordagem das capacidades de inovação surge para oferecer o entendimento da firma como um conjunto de conhecimentos, tecnologias, recursos e rotinas idiossincráticas capazes de garantir a eficiência dentro de um determinado padrão tecnológico, acompanhar os avanços tecnológicos e de mercado. O objetivo desta tese é identificar os diferentes arranjos de capacidades de inovação presentes em firmas do agronegócio. Por meio de um estudo de múltiplos casos (17), busca-se entender os diferentes arranjos tecnológicos e transacionais das firmas do agronegócio, como se formatam e qual suas relações tanto para com as cadeias como para com o mercado. Os resultados apontam para três padrões de comportamento em termos capacidades. Um padrão operacional, onde as firmas, por suas limitações de capacidades, se relacionam com cadeias mais transacionais, estabelecendo relações simples de compra e venda. Um padrão transacional, mais complexo que o anterior pois incrementa a capacidade de operação e avança a capacidade de transação, porém, ainda limitado, estabelece relações híbridas com cadeias que focam em custo, mas demandam determinado nível de padronização do produto. E, por fim, um padrão técnico-industrial, que amplia a capacidade de desenvolvimento juntamente com a de operações e de transação, levando as firmas a estabelecerem relações híbridas, mas com foco no valor em detrimento do custo.