O prazer do paradoxo: sensualidades e feminismos na arte do burlesco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Chultz, Gabriela Maffazzoni
Orientador(a): Silva, Suzane Weber da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/234419
Resumo: A presente tese busca analisar o burlesco enquanto fenômeno artístico contemporâneo, compreendendo valores e paradigmas flutuantes, paradoxais. Ao examinar a atuação da mulher dentro da arte do burlesco, evidenciaram-se questões que envolvem a dança e a nudez do burlesco, e o “corpo strip-tease”, que é, por um lado, lugar de prazer sexual e de autonomia, mas por outro lado é estigmatizado como objeto e imoral. A burla e o tease foram observados como procedimentos práticos específicos dessa arte, e ainda impregnam as ferramentas metodológicas para criar possibilidades arejadas mediante as cansadas dicotomias (empoderamento x objetificação; reforço do patriarcado x subversão) disparadoras das discussões feministas na tese. Destacou-se na investigação a observação participante e a prática como pesquisa, ativando a forma etnográfica e autoetnográfica de pesquisa e análise, uma vez que as experiências da autora enquanto dançarina burlesca contribuíram para examinar o fenômeno estudado. Assim, referencial teórico, experiência prática, viagens, e entrevistas semiestruturadas compõem pontos de vista essenciais. Entre diversos autores do referencial teórico da pesquisa, destacam-se os estudos das pesquisadoras sobre burlesco e o corpo strip-tease que se localizam no campo da dança: Sherril Dodds (2011, 2013), Jessica Berson (2016), María Dolores Medialdea (2017). Destacam-se também os estudos a cerca do teatro de revista: Delson Antunes (2004); Vera Collaço (2018, 2008); Neyde Veneziano (1991, 1996, 2006, 2010), uma vez que traços desse fenômeno são trazidos para demonstrar singularidades do burlesco brasileiro.