Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Mello, Márcio Antonio de |
Orientador(a): |
Schneider, Sergio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/22663
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Resumo: |
Esta tese investiga as recentes transformações sociais, econômicas e ambientais promovidas pelo processo de modernização da agricultura e da mercantilização no Oeste de Santa Catarina. Também identifica e estuda algumas estratégias colocadas em prática pelos agricultores familiares para enfrentar o contexto de crise, que desde meados dos anos 1980 envolve a agricultura da região. Busca-se compreender e analisar como as inovações e novidades organizacionais, promovidas pelos agricultores, emergem e se enraízam no território. Como propósito geral buscou-se analisar algumas das principais mudanças sociais e econômicas decorrentes do processo de reestruturação produtiva da agricultura, bem como as transformações que as inovações e novidades promovem no ambiente socioeconômico onde elas emergem. Mais especificamente, os objetivos foram de analisar a forma de atuação do capital agroindustrial na região e seus reflexos socioeconômicos e ambientais, assim como na organização da produção e do trabalho da agricultura familiar. Da mesma forma analisamos como são construídas pelos agricultores familiares e outros atores sociais as inovações e novidades organizacionais e os efeitos que elas promovem na forma de produzir, de organizar a produção e de se inserir no mercado. O problema desta pesquisa nasce do entendimento de que mesmo em situações desfavoráveis à reprodução econômica e social, como tem sido o caso do Oeste de Santa Catarina, os agricultores familiares buscam construir espaços de manobra na luta por autonomia. Todavia, em grande medida essas iniciativas não recebem a fundamental atenção acadêmica e política para que possam florescer e se difundir. Para dar conta dos objetivos propostos, a pesquisa empírica foi executada em dois momentos distintos. No primeiro realizou-se um estudo de caso no município de Coronel Freitas, considerado representativo da trajetória histórica e do processo de modernização e mercantilização da agricultura familiar da região. A principal técnica de pesquisa foi a aplicação de questionário padronizado em 83 unidades familiares e a utilização de entrevistas semi-estruturadas com informantes-chave. O segundo momento da pesquisa estudou, em 12 municípios da região, três novidades organizacionais: uma pequena cooperativa de comercialização de leite; a experiência da produção agroecológica e sua inserção em cadeias curtas de comercialização e a experiência de agregação de valor em agroindústrias familiares rurais, constituídas de forma individual ou em pequenas cooperativas articuladas em rede. Para tanto, foram realizadas 35 entrevistas com agricultores e informantes-chave. Os dados da pesquisa foram analisados e interpretados a partir de um conjunto de abordagens teóricas que têm em comum a Perspectiva Orientada ao Ator. Em termos gerais os dados da pesquisa mostram que as “novidades” ou “iniciativas de desenvolvimento rural” nascem em determinado contexto sócio-cultural, mas podem se irradiar pela região, dependendo das conexões, alianças e apoio capaz de promover a aprendizagem coletiva. A construção dessas novidades produtivas e organizacionais representam inovações sociais de onde pode germinar as “sementes da transição” e promover um processo de desenvolvimento rural. O enraizamento e a consolidação dessas novidades no território vai depender, no entanto, da criação de alianças e conexões capaz de criar um ambiente sócio institucional favorável. |