A condição fronteiriça feminina : maternidade e cidadania em Sant’ana do Livramento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cagliari, Bruna Bianchi
Orientador(a): Dorfman, Adriana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/221576
Resumo: Este trabalhotem o propósito de tecer uma discussão sobre as práticas e os usos que as mulheres fazem da fronteira nas situações de maternidade.Dito isso, define-se como problema desta pesquisa compreender como os serviços de saúde são acionados por mulheres no exercício da maternidade na transposição/transição da fronteira Sant’ana do Livramento (Brasil)-Rivera (Uruguai). O estudo de caso permitiu analisar quais são os espaços, o país, as instituições responsáveis, os serviços oferecidos, as mulheres que tem acesso e sob quais condições nos processos de maternidade na fronteira Livramento-Rivera. A metodologia do trabalho se baseia na realização desaídas de campoe de entrevistas semiestruturadas com atrizes e atores que constituem, em rede, os processos de saúde da mulher e maternidade na fronteira. Com base nos materiais coletados e na análise de conteúdo conclui-se que os processos de maternidade atravessam a fronteira. A integração entre os países ocorre, sobretudo, em situações emergenciais, como no caso do fechamento do Hospital Santa Casa de Misericórdia em 2009. Há ainda uma integração que é feita pelas próprias mulheres que possuem o recurso da nacionalidade, em movimentos próprios.Além disso, as condições econômicas ditam a mobilidade para essas mulheres-mães na busca de serviços de saúde tanto em Rivera quanto em outras cidades do Rio Grande do Sul. Essas características nos informam que há uma fronteira vivenciada por mulheres-mães no cuidado de seus filhos, com imensas adversidades como a pobreza e a carência de certos serviços de saúde na região. Existe também o fato de as fronteiriças brasileiras não possuírem o direito ao aborto garantido, enquanto as mulheres uruguaias têm esse direito assegurado. Estes seriam os principais elementos que compõem, em síntese, a condição fronteiriça feminina na fronteira Livramento-Rivera.