Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pulga, Vanderléia Laodete |
Orientador(a): |
Ribeiro, Marlene |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115967
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Resumo: |
Esta tese consiste na identificação de contribuições político-pedagógicas dos movimentos sociais populares nas experiências e práticas culturais, integrativas, tradicionais de cuidado e de educação popular em saúde, especialmente do Movimento de Mulheres Camponesas, que poderão compor a caixa de ferramentas pedagógicas dos processos de formação de profissionais/trabalhadores (as) da saúde para sua atuação no Sistema Único de Saúde (SUS) em comunidades do campo, da floresta e das águas. A pesquisa foi realizada junto ao Movimento de Mulheres Camponesas através de análise de observações, registros, documentos, histórias de vida, oficinas e círculos de cultura feitos com mulheres que participam dessa organização, como também as redes de interação com a educação popular e permanente em saúde. A pesquisa articula essas experiências e seus saberes no contexto de produção de vida, saúde e adoecimento das populações que vivem nesses territórios e os desafios para o cuidado integral e a educação em saúde. Territórios marcados pelos interesses do capital transnacional e seus impactos sobre os camponeses (as), onde os determinantes sociais e as desigualdades compõe a complexidade da situação de saúde dessas populações. Traz a ação das mulheres camponesas na produção de cuidado da vida e da saúde na sua trajetória histórica, os eixos estruturantes articulados às relações sociais de gênero, raça/etnia, classe e orientação sexual, ao feminismo e ao projeto popular de agricultura camponesa. Pelo caminho percorrido, foi possível perceber que as políticas públicas de saúde no Brasil, especialmente nos territórios de atuação dessas mulheres camponesas, são recentes e frágeis na garantia do acesso e na atenção integral à saúde. O MMC surge como espaço de luta e valorização das mulheres camponesas na conquista de direitos e a saúde emergem como uma das lutas importantes do movimento. Nele as mulheres se ressignificam, tem o cuidado com vida e a saúde como base central do seu agir e fazem experiências de libertação e emancipação, enquanto sentido profundo de sua práxis portadora de uma dinâmica educativo-terapêutica e uma mística libertadora. Dessa forma, constroem novos significados à integralidade da saúde, fortalecem o sentimento de pertença das mulheres para com o movimento, ao mesmo tempo em que fazem o enfrentamento ao agronegócio, ao neoliberalismo, à cultura machista e às formas de opressão, de exploração, de discriminação e de violência. Das experiências de organização, de cuidado, de luta e de formação que o movimento desenvolve, bem como a interação com os movimentos e práticas de educação popular em saúde e de educação permanente em saúde emergem as contribuições politico-pedagógicas que ajudam a repensar o modo de cuidar a vida e a saúde, bem como as políticas públicas de educação da saúde, tanto para o meio acadêmico, como para os processos de trabalho e educação na saúde junto ao Sistema Único de Saúde e seus atores, principalmente para a atuação no campo, nas florestas e nas águas. |