Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Betker, Carine |
Orientador(a): |
Loponte, Luciana Gruppelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279199
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Resumo: |
Essa pesquisa se insere no campo dos estudos sobre a Educação Básica, com ênfase na Escola Pública e procurou investigar como acontecem os projetos de artes visuais na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre- RS, e aposta na potência da escola pública e no ensino da arte que habita as escolas. Os projetos de artes visuais desenvolvidos nesta Rede de Ensino, tanto no âmbito curricular quanto extracurricular foram tomados como objeto de estudo. No processo de investigação objetivou-se encontrar quais projetos de artes visuais aconteciam e quais ainda acontecem, que de alguma forma fossem potentes e envolvessem as comunidades, no sentido de saber quais são as condições de existência desses projetos? Que territórios eles habitam e como a arte produz atravessamentos nesses espaços? Se é possível pensar que, apesar das macropolíticas, as micropolíticas ativas ainda encontram formas de resistir às desestruturações que vem acontecendo no campo da educação atualmente? Relaciono esses projetos com a série de obras “Inço é arte”, da artista visual Ana Flávia Baldisserotto, e a série “Por que Daninhas?”, da artista visual Rosana Palazyan. Essas obras dialogam com o conceito de micropolítica de Suely Rolnik, bem como com os estudos sobre pedagogias decoloniais conduzidos por Catherine Walsh, autoras estas que foram fundamentais para a estruturação deste trabalho. A composição metodológica adotada tem como base os estudos desenvolvidos no ARTEVERSA- Grupo de estudo e pesquisa em arte e docência, e permeada por usos da arte e artistas contemporâneos como referenciais, que são escolhidos como parceiros para repensar os modos de ver/viver os encontros possíveis entre arte e escola. A pesquisa se deu em dois momentos: inicialmente foi realizada uma pesquisa histórica sobre os projetos educacionais desenvolvidos nas escolas, de acordo com cada gestão que esteve à frente da Secretaria Municipal de Ensino, compreendendo o período de 1986 a 2022. Na etapa seguinte foi desenvolvida a pesquisa de campo, com a busca por projetos ainda existentes e um levantamento de memórias do que fora desenvolvido em outras épocas. Para esta etapa foram realizadas entrevistas com 11 professoras e professores de Artes Visuais que atuam na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, conduzidas de forma híbrida: compreendendo entrevistas realizadas via Google Meet, entrevistas presenciais e visitas às escolas, momento este em que foram compartilhados pelos e pelas docentes registros fotográficos de atividades desenvolvidas nas escolas. Com base na análise desses materiais produzidos no campo, as questões que emergiram como potentes para pensar os encontros possíveis entre arte e escola provocados pela presença dos projetos de artes visuais, foram organizados em três campos de interesse: a escola, e como está constituída; o conceito de inço, com base na obra de Ana Flávia Baldisserotto, como forma de análise dos projetos de artes visuais, e a comunidade, em que são pensadas as formas de relação com a escola. Foi constatado que os projetos habitualmente surgem de iniciativas pessoais, pelo desejo e interesse das professoras e professores e não por proposição da mantenedora. |