As canções visceralmente porto-alegrenses : etnomusicologia e emoções

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ausquia Junior, Paulo Fernando Parada
Orientador(a): Braga, Reginaldo Gil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280038
Resumo: Através de um estudo sobre as canções “visceralmente” porto-alegrenses proponho construir uma etnomusicologia das emoções. Ou seja, através de um corpus teórico construído a partir de uma proposta de etnomusicologia/antropologia que busca encontrar as emoções, histórias e canções, gentes e situações, discutir movimentos e momentos importantes para a identidade poética e sonora da cidade. Esse estudo iniciou em março de 2020, junto com a pandemia. O processo de finalização da tese ocorreu em maio de 2024, com as enchentes do Rio Grande do Sul. A (auto)etnografia foi uma ferramenta que utilizei como referência metodológica e criativa para construir e, ou, muitas vezes, reconstruir minha relação com os músicos da noite porto- alegrense, propondo, por exemplo, ações de etnomusicologia aplicada junto de Luiza Hellena e Durque Costa Cigano. Como resultado ocorreu um trabalho de agência, onde fui produtor desses artistas, inscrevendo-os em editais e elaborando mídias audiovisuais para difundir suas obras e narrativas. Na tese, procurei problematizar se o compositor Lupicínio foi um divisor de águas para a canção porto-alegrense, assim como, recorri aos marcos posteriores para a produção local, após a morte de Lupi (1974): o álbum Paralelo 30 e o exílio de Raul Ellwanger nas décadas de 1970 e 1980 em países da América Latina durante as ditaduras vigentes. As políticas públicas municipais e estaduais, desde os anos 1990 são apresentadas como alternativas de sobrevivência para músicos na capital, possibilitando o lançamento de novos álbuns e canções. Por sua vez, os investimentos de pessoas jurídicas, como na produção de Porto Alegre é demais, coletânea patrocinada por grande empresa regional, é apresentada por mim como importante para a construção poética e o imaginário romântico da cidade. As descrições etnográficas são apresentadas em meio ao exercício autoetnográfico e ao trabalho etnomusicológico aplicado, em ações artísticas que motivaram a proposição de uma etnomusicologia das emoções através das canções porto-alegrenses.