Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Montero, Rodrigo |
Orientador(a): |
Santos, Alexandre Ricardo dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/87675
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Resumo: |
Este trabalho aborda uma série de práticas da arte e da imagem enquanto contramedidas aos vazios abertos pela violência da desaparição como metodologia sistematizada de extermínio na Argentina. Esta abordagem visa dimensionar tais práticas em relação, primeiro, às especificidades da violência da desaparição, suas consequências e desdobramentos e, segundo, aos alcances e às limitações dos usos e sentidos da imagem consolidados no senso comum ocidental. Em relação a isto, em primeiro lugar, a desaparição tem sua própria especificidade em relação a um imaginário comum ocidental, que atrela a ideia de atrocidade a uma visualidade determinada. Neste sentido, a desaparição como violência que não deixa vestígios concretos do seu acontecimento também é inadequável a uma ilusão de onicontemplação, esta última também consolidada no senso comum da cultura midiatizada moderna e contemporânea. Diante destas circunstâncias, a práxis da arte surge como uma alternativa para lidar com as especificidades materiais, simbólicas e afetivas da desaparição. As práticas da arte e da imagem também surgem como uma reação frente ao projeto dos autores intelectuais da desaparição que pretendiam, além da eliminação, determinar a não-existência das suas vítimas. Por outro lado, as práticas da arte e da imagem também surgem como alternativas enunciativas diante da impossibilidade do testemunho dos sobreviventes da situação-limite da desaparição. Por último, os familiares dos desaparecidos também lançam mão das práticas da arte e da imagem, principalmente através da fotografia, como uma maneira de lidar política, simbólica e afetivamente com a complexa e específica ausência dos seus seres amados. |