Pensamento e Devir : um caminhar pelo trajeto formativo de professoras de química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Viviane Maciel da
Orientador(a): Ferreira, Maira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212179
Resumo: Este estudo teve como o objetivo capturar modos de aprender em meio às experiências que englobam a formação de professoras de Química. Do acompanhar as licenciandas do IFSUL-CaVG durante os quatro estágios curriculares, buscou-se saber sobre o ser-professor em relação a si e aos outros, no viés da filosofia da diferença. Deleuze e Guattari (2010) dizem que a ciência não se importa de saber desde quando algo existe, mas que o acontecimento tem na filosofia uma melhor compreensão de como este algo se desdobra para que o pensamento produzira diferença. Partiu-se do conceito que há modos de Devir-professor e face a isto, em que movimentos o Devir se dá. Fez-se o acompanhamento de oito licenciandas em quatro estágios e três oficinas de escrita. No primeiro momento, a análise dos documentos do curso de licenciatura, que enquanto campo da pesquisa, poderia estender as linhas que comporiam o rizoma do percurso, pelo modo como olha para o licenciando. Em segundo momento foram feitas entrevistas e observações, a partir de um manejo cartográfico, dos estágios por quatro semestres, semanalmente o grupo se reunia para discutir preparo de aulas, proposição e percepções em relação as atividades (PASSOS, KASTRUP, ESCÓSSIA, 2012). Em composição cartográfica as licenciadas participaram de três oficinas de escrita: grupo, ser-acadêmico, ser-professor. O estudo demonstrou que modos de aprender a aprender, também são modos de aprender a desaprender (KASTRUP, 2005) e para que as licenciandas pudessem criar seus conceitos que problematizem à docência (diferente para cada uma delas), desterritórios, rupturas são necessários para que o pensamento ganhe potência, leve à experiência e à subjetivações em relação ao tornar-se professora. Nos estágios ‘encarar’ longas horas de ônibus, privação de sono, exposição aos mosquitos, estudo e trabalho as auxiliou em fugir do ‘eu social’ que é o professor e encontrar novas relações com o território do ser em formação. Porém, o hábito das atividades fez surgir a necessidade de novos deslocamentos que através das oficinas tentaram criar modos de sentir e experimentar, dar força de transformar o modo de perceber a estrutura escolar vigente a partir do pensamento que leva aos devires. Os movimentos de devires acadêmico e professor se deram entre linhas rizomáticas ao longo da formação, sem precisão de local, mas, nos encontros com o território, sempre inacabados, que inventam modos de vida, algo que pretende não apenas cultivar, mas produzir aprendizagens e práticas na educação e formação de professores. As partículas da pesquisa que partiram juntas no início do percurso, chegaram ao final diferentes do que eram, ainda sem saber o que pode um professor, mas buscando imanências, sentidos, para descobrir o que é possível transcriar em Educação.