Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Sroczynski, Claudete Inês |
Orientador(a): |
Krahe, Elizabeth Diefenthaeler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56469
|
Resumo: |
Esta tese tem como orientação que um currículo sintetiza relações sociais e, portanto, a materialização de suas reformas, tanto as decorrentes de políticas educacionais, curriculares e institucionais, quanto as provocadas por movimentos internos e demandas sociais externas, expressam processos de contradições, tensões, conflitos e consensos. Neste sentido, adotei a concepção de currículo como construção social dinâmica, com o objetivo de compreender como os professores do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) – Campus Sinop, conceberam e vivenciaram as proposições curriculares institucionalizadas e as silenciadas, decorrentes de dois processos de reformulações curriculares produzidos entre os anos 1990 a 2010 e como estas construções foram absorvidas no interior do curso. Este curso de Pedagogia foi criado em 1990 junto com a implantação do Campus da UNEMAT na cidade de Sinop – MT. Os processos de reformas curriculares constituem-se como realidade empírica deste estudo, exigindo a adoção de procedimentos de investigação que possibilitassem apreender as diferentes dimensões que dinamizam tais processos, que se caracterizam como fenômeno educativo, conectado a fenômenos sociais mais amplos. A via de acesso adotada foi o estudo de caso numa abordagem qualitativa, e a operacionalização metodológica comportou: estudos bibliográficos, análises de documentos e análise das narrativas geradas por doze entrevistas dando voz ao sujeito professor universitário que participou ou que foi afetado por tais movimentos. Com esta orientação metodológica, buscando assegurar coerência com a concepção de currículo como construção social e entendendo com Popkewitz (1997) reforma como uma prática política e social, e não necessariamente como mudança, este estudo possibilitou inferir que o professor do Curso de Pedagogia, sujeito desta pesquisa, se constituiu como professor universitário no exercício da profissão docente, no interior do próprio curso, interferindo e sendo também afetado pelas reformulações curriculares, tanto em relação às proposições institucionalizadas, quanto às silenciadas, aflorando assim, contradições em sua trajetória. A partir de tais embasamentos verifiquei que os dois movimentos de reformas curriculares foram provocados por conjuntos de demandas sociais, políticas, institucionais e pedagógicas contextualizadas em uma dada realidade, que tanto fundamentaram as proposições de mudanças, quanto possibilitaram o emergir do esgotamento dos currículos, o que indica que as proposições institucionalizadas necessariamente não atendem e não representam interesses e proposições de todos os professores do curso, pois, os consensos construídos foram os possíveis, e não unanimidades. E as silenciadas possuem a potencialidade de operar atitudes e fortalecer discursos que confrontam o instituído. |