Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Campani, Adriana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
http://www.teses.ufc.br
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/3405
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Resumo: |
Apresentamos, nesse estudo, uma reflexão sobre a racionalidade pedagógica que produz a formação do professor na Universidade a partir de uma análise sobre o processo de corporificarão dos currículos das licenciaturas no contexto de reforma curricular da Universidade Estadual Vale do Acaraú, situada em Sobral-CE. Analisamos os elementos constituídores dessa racionalidade a partir das formas de subjetivação docente, produzidas pelo discurso pedagógico presente nas políticas de formação do professor nas licenciaturas no Brasil e no processo de corporificação dos currículos desses cursos no contexto de reforma curricular institucional. Defendemos a tese de que a racionalidade pedagógica produzida no processo de corporificarão dos currículos das licenciaturas na Universidade institui regras e modelos de ser e de conhecer do professor, é histórica, regionalizada e produzida no campo de luta e produção cultural; portanto, ela é uma epistemologia socialmente construída. Com base em nossos estudos teóricos, compreendemos que o discurso pedagógico sobre a formação do professor é uma prática que envolve poder-saber e técnicas de efeitos produtivos e práticos sobre os sujeitos e objetos. É um discurso que disputa formas de subjetividades e demarca diferenciações, presenças, exclusões, saberes e verdades acerca do como pensar, ser e agir do docente. Identificamos esses “dispositivos” no discurso oficial das Diretrizes Curriculares para formação de professores, que estipula regras de poder que normatiza verdades sobre os professores e sua existência e produzem formas de saberes que disputam modelos hegemônicos de subjetivação docente, cujo poder de regulação está no papel que o próprio docente passa a exercer quando sua competência é vinculada a desenvolver formas inventivas para o seu próprio aprisionamento. No entanto, a análise sobre a recontextualização desse discurso no contexto da prática de reforma curricular identificou campos discursivos de novas relações de saber-poder instituídas para resistir a essa regulação. Constatamos que as decisões curriculares nas licenciaturas da UVA foram frutos de relações conflituosas que disputaram território, identidade, autonomia e autoridade curricular com o conhecimento pedagógico na formação do professor e a racionalidade pedagógica produzida no processo de reforma emergiu das condições institucionais, a partir das quais houve interesse de mudança, mas também de regulação. Além disso, entende-se que o conhecimento corporificado no currículo é tanto o resultado de relações de poder quanto o constituidor das mesmas. A contribuição dessa pesquisa é fornecer elementos para compreender que a racionalidade pedagógica que forma o professor na universidade se estrutura em um processo arenoso de disputa de subjetividade docente. |