Pedagogia universitária e mudança : a reforma dos cursos de graduação pós-LDB de 1996 e suas implicações para a docência em uma instituição comunitária de Santa Catarina – Brasil

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Silva, Maria da Gloria Silva e
• Orientador(a): Krahe, Elizabeth Diefenthaeler
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Pedagogia universitária; Universidade comunitária; Formação de professores; Reforma curricular
• Palavras-chave em Inglês: University pedagogy; University teaching; Community university
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128927

Esta tese se insere no campo de estudos da Linha de Pesquisa Universidade: teoria e prática do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O objetivo da pesquisa é compreender implicações das ações de Pedagogia Universitária (PU) desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Ensino de uma Universidade Comunitária de Santa Catarina - Brasil para o desenvolvimento dos currículos de cursos de graduação e para a docência no contexto das reformas educacionais pós-LDB de 1996. A instituição apresenta um modelo de gestão com características de empreendedorismo, inovação e busca por sustentabilidade financeira. Está realizando uma mudança curricular tomando como princípios o ensino por competências e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão nas atividades formativas desenvolvidas com os estudantes. No processo de pesquisa, foram analisados: a) discursos dos dirigentes, divulgados no portal da universidade na internet; b) documentos como o Projeto Pedagógico Institucional e as Diretrizes Acadêmicas Institucionais; c) conteúdos programáticos de eventos promovidos pela Pró-Reitoria de Ensino para formação dos professores para os novos currículos, no período de 2012 a 2014; e d) depoimentos de 90 docentes participantes destas ações de PU registrados em fórum de discussão no ambiente de educação à distância da universidade. As análises são sustentadas pelo pensamento sobre currículo e reforma de José Gimeno Sacristán e de Thomas Popkewitz, além de conceitos desenvolvidos por pesquisadores do campo da PU. Os resultados indicam que inovações foram introduzidas nas salas de aula e ambientes virtuais na reforma. Todavia, as condições de trabalho dos docentes não se qualificaram: 51% dos professores são horistas, o que dificulta que invistam voluntariamente em ações de planejamento e formação continuada. Nestas condições, está limitada a possibilidade dos docentes de discutir o currículo e moldá-lo com autonomia, de acordo com as necessidades de aprendizagem dos estudantes.