Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gasparin, Gabriela Sangalli |
Orientador(a): |
Costa, Silvia Generali da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/241328
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Resumo: |
A aceleração e intensificação dos processos de trabalho e consequentemente da vida são características marcantes da nossa época, que interferem também no modo como se percebe e se vivencia a passagem do tempo. Na década de 1990, emerge o movimento Slow ou movimento Devagar, o qual surge como uma reação a questões da pobreza de tempo, prezando pela desaceleração, pelo ritmo certo, pela valorização das conexões e defendendo a possibilidade de escolher um ritmo de vida mais calmo (SLOW MOVEMENT, 2017; HONORÉ, 2005). Entre os desdobramentos do movimento Slow está o Slow Work: aplicação dos princípios ao âmbito do trabalho, o qual é considerado seu maior desafio. Desejando explorar as questões de tempo, trabalho e escolhas de vida, o estudo buscou analisar como os princípios de Slow Work se materializam nas vivências laborais de trabalhadores do comércio e serviços do município de Veranópolis-RS. Veranópolis é um pequeno município localizado na serra gaúcha que registra altos índices de qualidade e expectativa de vida advindos dos hábitos saudáveis e estilo de vida da população. Considerando ainda a centralidade do trabalho na vida das pessoas, e de que as características de Veranópolis condizem com o proposto pelo movimento Slow, realizou-se um estudo de caso com a participação de 12 trabalhadores, com a utilização de entrevistas, observações e análise documental. Elaborou-se ainda um construto teórico que buscou correlações entre as propostas do Movimento Slow (HONORÉ, 2005) com abordagens da Psicologia Humanista (MASLOW, 2001; ROGERS, 1997; CSIKSZENTMIHALYI, 1990) e amparo nos conceitos de Trabalho, Gestão e Subjetividade (BAUMAN, 2009; GAULEJAC, 2005; DAL ROSSO, 2008; SENNETT, 1999). Os resultados obtidos foram analisados através de análise de conteúdo (BARDIN, 2016), os quais foram agrupados em 16 categorias iniciais, que geraram sete categorias intermediárias, e finalmente foram reagrupadas em três categorias finais. A partir dos resultados, confirmou-se que as escolhas, adaptações e transformações vivenciadas são condizentes com a intenção do movimento de Slow Work, e que mesmo pontuais contribuem para a melhoria do trabalho e da vida. Apesar de que neste local as rotinas de trabalho estão mais intensificadas e aceleradas, o ritmo de vida no município, a proximidade entre lugares e as fortes conexões estabelecidas entre pessoas, comunidade, cultura, alimentação e com o próprio trabalho demonstraram favorecer uma experimentação do tempo mais qualitativa, a qual mesmo inserida na realidade líquido-moderna (BAUMAN, 2009) permite a estes indivíduos usufruírem de maiores liberdades sobre o próprio tempo e escolhas de vida, mesmo que não sejam revolucionárias. |