Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
De Luca, Gabriela |
Orientador(a): |
Rocha-de-Oliveira, Sidinei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/115737
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Resumo: |
A temática “tatuagens” tem sido explorada em diferentes campos do conhecimento, a partir de diferentes quadros teóricos e metodológicos, porém deixando a atividade “tatuar”, seja como ofício, ocupação ou profissão, aparentemente negligenciada. Nesse sentido, a partir de uma imersão de 19 meses em um estúdio de tatuagens em Porto Alegre, sul do Brasil, o trabalho de quem tatua emergiu como um campo empírico rico para observar e analisar atividades aparentemente desviantes, já que, apesar de uma parcela da sociedade não perceber o “tatuar” como profissão, as pessoas que tatuam têm clareza sobre seu status profissional. Nesse cenário as fronteiras da Administração e da Gestão de Pessoas emergiram e salientaram a importância em compreender, mais especificamente, como essas pessoas desempenham e desenvolvem suas vivências nessa atividade, orientadas, ou não, por uma vontade em serem reconhecidas pelos(as) outros(as) como profissionais. Por isso, o conceito central observado não foi o de Profissão, mas sim o de Carreira. Entendendo-a como uma ponte analítica entre indivíduo e instituição, a partir de Everett Hughes, sociólogo da Escola de Chicago, é através da compreensão da carreira das pessoas que tatuam que foi possível compreender como elas vivem, entendem e lidam com uma profissão, aparentemente, em formação. Assim, o problema de pesquisa apontado é o seguinte: como a pessoa que tatua vivencia sua carreira? Esse problema contempla a busca por compreender como a pessoa vive e narra sua carreira, focando nos elementos de sua ocupação, compreendida como ainda não objetivamente institucionalizada, mas subjetivamente estabelecida, explorando os status e papeis sociais que elas vivem, os pontos de inflexão que negociam e os elementos que as fazem entender sua ocupação como profissão. Assim, a carreira, ainda que contemple todos aspectos da vida, será enfocada analiticamente no aspecto profissional, pois a especificidade analítica é voltada à atividade laboral de quem fala. Isto se deve à inserção deste trabalho na área de Gestão de Pessoas da Administração, apontando como interesse a compreensão de carreiras e profissões aparentemente diferentes do status quo, de modo que possa gerar reflexões e inspirações para a área. Para responde-la, realizei uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, orientada pelo método de História de Vida, contemplando Narrativas, as quais foram utilizadas tanto para a coleta como para a análise e apresentação da trajetória. Além delas, também foram utilizadas como fontes de informação as visitas a campo, convenções, pesquisas bibliográficas específicas e redes sociais e de notícias na internet. Como resultados, parece que a pessoa que tatua vivencia sua carreira entendendo sua ocupação como profissão, determinando elementos, ao longo do percurso de vida, que comprovam a sua atividade como profissional; que há etapas pelas quais deve passar, bem como status, papeis e instituições; que passa por conflitos e dilemas frequentes durante a carreira e por um mercado de trabalho característico, que podem influenciar, também, na forma em zig zag que ela acaba se delineando. Em suma, parece formar-se uma “carreira padrão”, devido à repetição de algumas faixas temporais e vivências. Por fim, são apresentadas perspectivas de pesquisa futuras. |