Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Patrícia Barbosa |
Orientador(a): |
Heidrich, Álvaro Luiz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/226192
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Resumo: |
Nesta pesquisa aborda-se a perda dos vínculos territoriais das populações da Área Diretamente Afetada (ADA) do perímetro urbano de Altamira, as quais foram realocadas no RUC São Joaquim. A referida realocação objetivava dar lugar ao lago da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A construção da hidrelétrica foi um projeto capitalista que aconteceu de forma violenta e desarticulada com a realidade da população local e da região amazônica. Comunidades inteiras foram remanejadas compulsoriamente de suas moradias para atender ao desenvolvimento energético brasileiro, desencadeando a partir disto a luta dos moradores dos Baixões pelo direito ao seu território. Para além da reflexão acerca das lutas dos moradores dos Baixões, a investigação examinou como se deu os vínculos de pertencimentos construídos no território dos Baixões e como foi afetado o lugar de vida, os vínculos afetivos, a partilha de informações e as experiências vividas antes da construção da Hidrelétrica através de relatos dos realocados no decorrer da pesquisa. Por fim, verificou-se através de análise como ocorreu o processo de deslocamento compulsório, assim como o de reassentado no RUC São Joaquim. Dado que os caminhos foram percorridos através do sentimento do atual lugar de moradia e das possibilidades das novas territorialidades. Pois mesmo sendo vista como uma população resistente e com vigor para se adaptar ao novo, a comunidade do RUC São Joaquim continua enfrentando dificuldade para se territorializar e construir novos vínculos no reassentamento. As lutas travadas na desterritorialização dessa população ao longo do processo maculou a vida deles e as fragilizou, deixando-as sem perspectivas para a re/construção de novos territórios. Tudo isto, somente foi possível através de uma pesquisa minuciosa e relatos dos moradores que contribuíram para a efetivação documental deste trabalho que evidencia como transcorreu o processo de desterritorialização e reterritoralização dos atingidos realocados no RUC São Joaquim. |