“Professor, eu não acredito que a escola era antes um grande milharal!” : o ensino de história e a etnografia do cupincha no bairro Jardim Elísios e na EMEF Mario Pedrosa em Caxias do Sul – RS (1983-2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Bruce Marlon
Orientador(a): Cezar, Temistocles Americo Correa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257658
Resumo: A organização curricular do município de Caxias do Sul foi alterada com aporte nas conferências relativas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o que resultou na introdução do Referencial Curricular (DOCCX) no ano de 2019. O corolário dessa operação na EMEF Mario Pedrosa foi a decodificação do bairro Jardim Elísios e da própria escola por meio do ensino de história e da etnografia. Assim, a questão “que pessoas, lugares ou práticas te fazem se sentir bem no bairro e na escola” foi respondida pelos estudantes com propósito de incitar a referencialidade, o pertencimento e o respeito com sua comunidade. Esta pergunta foi respondida por intermédio das fontes provocadas (entrevistas orais, maquetes, desenhos e fotografias), que contestaram o monopólio da escrita nas práticas escolares. Desse modo, a hipótese temporal presentismo, criada por François Hartog, foi utilizada para pensar os conceitos etnografia, patrimônio e memória, que deram suporte a esta pesquisa. Nesse ínterim, refletir sobre o método etnográfico foi valioso para o ensino de história, então, dessa meditação a etnografia do cupincha foi formulada para notabilizar o protagonismo estudantil e endossar uma postura horizontal de interação entre docentes e discentes, para assim viabilizar que o ensino de história seja significativo para seus partícipes. Além disso, pesquisamos sobre as alternativas possibilitadas pelo uso do patrimônio cultural, e mais, como a memória operou na reflexão estudantil acerca do bairro e da escola. Nesse contexto, o produto deste trabalho foi a (o) exposição/memorial iconográfico do bairro Jardim Elísios e da EMEF Mario Pedrosa e o I Seminário de Pesquisa das Escolas da Rede Municipal de Caxias do Sul, que transcorreu na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Logo, contemplamos como os discentes se apropriaram do bairro e da escola na construção de uma articulação entre passado, presente e futuro. Por conseguinte, a autonomia estudantil foi fomentada pela produção do conhecimento a partir da etnografia do cupincha e das fontes provocadas, afinal de contas, o tempo e o espaço converteram-se em matéria prima para a elaboração de um sentido individual de bairro, por fim, os estudantes se aperceberam enquanto sujeitos ativos na produção do conhecimento histórico e com a capacidade para mudar aspectos de sua realidade.