Avaliação prospectiva de indicadores cardiovasculares, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em cães com hiperadrenocorticismo espontâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, Frederico Aécio Carvalho
Orientador(a): Diaz Gonzalez, Félix Hilário
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193320
Resumo: O hiperadrenocorticismo (HAC) é uma das endocrinopatias mais comumente atendidas na rotina clínica de cães. O hipercortisolismo pode causar alterações multissistêmicas e o acompanhamento de parâmetros clínicos e laboratoriais, além do controle de comorbidades, são importantes para uma abordagem terapêutica ideal. Dentre as complicações sistêmicas que afetam o sistema cardiovascular, destacam-se a hipertensão arterial e a hipertrofia miocárdica, no entanto, a fisiopatologia destas alterações ainda não é totalmente esclarecida. Este estudo prospectivo gerou dois artigos e teve como principal objetivo avaliar parâmetros cardiovasculares, hematológicos, bioquímicos e de estresse oxidativo em cães com HAC espontâneo. Além de investigar a correlação do estresse oxidativo aos achados cardiovasculares, o estudo visou ainda avaliar a influência dos parâmetros analisados e da presença da degeneração valvar mitral (DVM) como comorbidade no prognóstico e expectativa de vida dos pacientes. Durante o estudo, foram avaliados 25 cães doentes, divididos em um grupo de 16 pacientes com HAC e outro grupo com nove pacientes com HAC e DVM concomitante. Os pacientes foram avaliados em três momentos, a partir do diagnóstico de HAC, e acompanhados por um período de até 766 dias. Além dos cães com HAC, um grupo controle com 20 cães com perfil demográfico semelhante foi recrutado por conveniência e submetido aos mesmos exames. Todos os cães foram submetidos à coleta de sangue (para avaliação de parâmetros laboratoriais), aferição da pressão arterial, eletrocardiografia e ecocardiografia. Os resultados analisados sugerem que existe aumento do estresse oxidativo no HAC canino, evidenciado pela presença de peroxidação lipídica no momento do diagnóstico, porém, o tratamento clínico com trilostano é eficiente para controlar esta alteração. Não houve evidências de correlação entre a peroxidação lipídica e a pressão arterial sistólica, no entanto, é sugerido que o estresse oxidativo tem correlação positiva com o tamanho do átrio esquerdo. Ainda, é possível concluir que fatores como idade avançada e presença de dispneia no momento do diagnóstico estão associados ao pior prognóstico. Foi possível também verificar que a degeneração valvar mitral é uma comorbidade comum em cães com HAC, o que reforça a importância da avaliação cardiovascular destes pacientes, principalmente daqueles de pequeno porte e idade avançada.