Da revolução industrial à revolução da informação : uma análise evolucionária da industrialização da América Latina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Conceição, César Stallbaum
Orientador(a): Faria, Luiz Augusto Estrella
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/70004
Resumo: A tese analisa o processo de desenvolvimento econômico capitalista de longo prazo como resultado de um processo evolucionário de mudança tecnológica e institucional para explicar as distintas trajetórias de crescimento e de industrialização observadas na economia mundial. O trabalho assume que o desenvolvimento capitalista é resultado do surgimento e difusão das sucessivas ondas de mudança estrutural provocadas pela emergência das revoluções tecnológicas e paradigmas tecnoeconômicos. Assume-se que os países que avançam no processo de industrialização e seguem trajetórias exitosas de crescimento sustentado dos níveis de renda e produtividade, historicamente, são países que possuem (ou buscam construir) o conjunto de instituições necessárias para o desenvolvimento das novas tecnologias e indústrias chave de cada período. A partir dessa perspectiva, a hipótese central da tese é de que as revoluções tecnológicas emergem nos países industrialmente avançados e se propagam tardiamente para os países da periferia, permitindo assim, o processo de industrialização desses países. Nesse contexto, busca-se mostrar que o processo de industrialização da América Latina ocorreu na fase de esgotamento da quarta revolução tecnológica viabilizado pela propagação tardia das indústrias do paradigma para a periferia. No entanto, esse processo se deu com transferência de tecnologia estrangeira nos setores mais dinâmicos do paradigma sem exigir o desenvolvimento institucional adequado para o avanço das capacidades tecnológicas nacionais capazes de permitir o ingresso no novo paradigma, marcado pela revolução da informação. Como resultado, a América Latina ingressou em uma trajetória de lento crescimento industrial e de elevada participação de setores intensivos em recursos naturais e de baixa intensidade tecnológica. Por outro lado, os países da Ásia avançaram com sucesso nas novas indústrias da tecnologia da informação, por construírem instituições adequadas ao desenvolvimento das capacidades tecnológicas das firmas nacionais durante o período de substituição de importações, resultando no rápido crescimento da renda per capita e da produtividade para níveis convergentes com a fronteira tecnológica.