O estresse laboral da equipe de saúde da família : implicações para saúde do trabalhador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Trindade, Letícia de Lima
Orientador(a): Lautert, Liana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13057
Resumo: O trabalho das Equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), se por um lado representa um importante recurso de melhoria da assistência à saúde da população, por outro, produz demandas, por vezes complexas, aos trabalhadores, os quais, freqüentemente, necessitam usar mecanismos de adaptação e enfrentamento. Deste modo, objetivou-se compreender o estresse laboral vivenciado pelos trabalhadores das equipes da ESF de Santa Maria e as implicações para sua saúde. O estudo foi do tipo híbrido e descritivo, desenvolvido junto aos trabalhadores das dezesseis (16) equipes de ESF do Município. A amostra contou com 86 trabalhadores (médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, odontólogo, auxiliar de consultório dentário e agente comunitário de saúde). A pesquisa ocorreu em duas etapas: na primeira foram identificados os trabalhadores com a Síndrome de Burnout; e na segunda foi realizada uma entrevista semi-estruturada com os trabalhadores que apresentaram os maiores e os menores escores da Síndrome. A análise dos dados quantitativos mostrou que o sexo feminino é predominante nas equipes da ESF de Santa Maria (84,9%), que a maioria possui companheiro (68,2%), tem filhos (69,4%) e não realiza atividades físicas (62,8%). Entre os sujeitos do estudo identificaram-se seis trabalhadores em Burnout. A idade jovem teve associação estatisticamente significativa com os níveis de estresse apresentados pelos trabalhadores (p= 0,034). A entrevista revelou que a satisfação pela resolutividade do trabalho prestado e seu reconhecimento pela comunidade converge entre os dois grupos em estudo: trabalhadores desgastados e não desgastados; e que estes utilizam formas de enfrentamento direcionadas, predominantemente às emoções, enquanto os não-esgotados resolvem os problemas do cotidiano laboral com apoio do grupo de trabalho. Os dados apontam para a importância de ações que valorizem a saúde dos trabalhadores, bem como favoreçam o relacionamento interpessoal entre os membros da equipe da ESF.