Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2023 |
| Autor(a) principal: |
Hinterholz, Marcos Luiz |
| Orientador(a): |
Almeida, Dóris Bittencourt |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: |
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| Palavras-chave em Inglês: |
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| Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/257300
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Resumo: |
A presente Tese é resultado de uma pesquisa inscrita no campo temático da história da educação e defende que a Casa do Estudante Universitário Aparício Cora de Almeida (Ceuaca) foi uma instituição educativa não-escolarizada e um remanescente dos movimentos estudantis sul-rio-grandenses da década de 1930. Localizada em Porto Alegre-RS e fundada em 1934, a Ceuaca foi a primeira organização de moradia para estudantes do estado, funcionando de modo autônomo e autogerido por mais de oito décadas. Espécie de cooperativa, sua criação esteve em sintonia com os ideais do Manifesto de Córdoba (1918) e as disputas em torno do modelo de universidade então discutidos para o Rio Grande do Sul, especialmente no que diz respeito a função social e a democratização do ensino superior. A história dessa entidade igualmente entrecruza-se à trajetória biográfica de Aparício Cora de Almeida (1906-1935), líder estudantil dos anos 1930, ligado ao Partido Comunista do Brasil (PCB) e morto em circunstâncias nunca plenamente esclarecidas. O estudo privilegiou o arquivo da Casa do Estudante como corpus empírico, mobilizando subsidiariamente fontes jornalísticas, iconográficas e narrativas orais. Partindo de uma série de enunciados que atribuem um valor formativo à vivência da moradia estudantil, buscou-se perscrutar a Casa em suas possíveis dimensões educativas, construindo para tal a noção de espaço de possibilidades experienciais, forjada a partir do pensamento de Michel de Certeau, Michel Foucault e do conceito de instituição educativa de Justino Magalhães. As análises estiveram centradas em práticas e cenas cotidianas dessa institucionalidade e os ecos de experiências históricas gerais no seu interior, bem como as prováveis experimentações e deslocamentos dos residentes em relação a si mesmos a partir da relação com o outro no espaço da Casa. Assim, dentro do recorte temporal 1934-2021, foi possível entender a instituição como uma extensão da experiência universitária, um espaço de aquisição de saberes e habilidades fora de parâmetros certificados, favorecendo a ampliação de repertórios técnicos, culturais, éticos, estéticos e de engajamentos políticos a distintas gerações de estudantes. Foram analisados aspectos atinentes a um saber-fazer e um saber-conviver, o que concorreu para a afirmação da Ceuaca como uma instituição educativa e ao mesmo tempo possibilitou inscrevê-la na história das organizações estudantis do estado do Rio Grande do Sul. Ao buscar teorizar e conferir densidade ao fenômeno da moradia estudantil, este trabalho pretendeu ser uma contribuição aos esforços de renovação hermenêutica sobre espaços acadêmicos que tradicionalmente foram vistos como acessórios. |
