Capacidade preditiva da relação neutrófilo linfócito como marcador de risco cardiovascular em pacientes assintomáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Angélica Oliveira de
Orientador(a): Moriguchi, Emílio Hideyuki
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/220365
Resumo: A aterosclerose não é apenas uma lesão passiva causada pela deposição de lipídeos e outras substâncias nas paredes vasculares, mas sim um processo inflamatório ativo, no qual os neutrófilos exercem função primordial. A relação neutrófilo-linfócito (RNL) é um biomarcador inflamatório que está emergindo como um bom preditor de morte cardiovascular, infarto e doença arterial coronariana. Porém, no contexto de utilização como ferramenta de estratificação de risco na prevenção primária, os dados na literatura são ainda escassos. O objetivo deste estudo é avaliar se existe associação da RNL com escore de cálcio coronariano (ECAC) e com proteína C reativa ultrassensível (PCR-US), dois marcadores robustos e já consolidados em estimar risco cardiovascular em sujeitos assintomáticos. Realizamos um estudo de coorte contemporâneo unicêntrico com 125 homens, livres de doença cardiovascular, que foram estudados em dois momentos, basal e após seguimento médio de 7 anos. Realizamos avaliação clínica e laboratorial (incluindo PCR-US), bem como mensuração do ECAC através de tomografia computadorizada. A regressão logística multivariada revelou que existe associação significativa da RNL com a PCR-US (p = 0,01 basal e p = 0,02 seguimento), mas não com o ECAC. Portanto, a RNL, um simples marcador inflamatório, amplamente disponível, rotineiramente executado e de baixo custo, tem associação independente com PCR-US, tendo potencial de ser utilizado como marcador de risco cardiovascular em homens assintomáticos.