Inflamação crônica de baixo grau associada ao polimorfismo rs1205 do gene CRP em mulheres pós-menopausa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santis, Iriane Prado de
Orientador(a): Spritzer, Poli Mara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188862
Resumo: Introdução: A prevalência de doença cardiovascular (DCV) aumenta exponencialmente em mulheres na pós-menopausa. O declínio dos níveis de estrogênio endógeno tem sido associado com aumento de fatores de risco cardiovascular e a presença de inflamação desempenha um papel central na aterosclerose. A proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) é um importante marcador de inflamação, capaz de predizer risco para DCV em pessoas aparentemente saudáveis. O polimorfismo rs1205 do gene CRP tem sido associado aos níveis circulantes de PCR-us. Objetivo: Avaliar se genótipos do rs1205 do gene CRP estão associados com fatores de risco cardiovascular e a presença de inflamação crônica de baixo grau, de acordo com os níveis de PCR-us, em mulheres na pós-menopausa. Métodos: Estudo transversal realizado a partir de um biorrepositório com 327 amostras de mulheres na pós-menopausa sem doença clínica evidente. Dados da avaliação clínica e laboratorial para fatores de risco cardiovascular foram coletados. Cartões de FTA (Flinders Technology Associates) foram utilizados para extração de DNA e posterior genotipagem por RT-PCR. A amostra foi estratificada de acordo com PCR-us inferior ou ≥ 3 mg/L. Resultados: A média de idade da amostra foi 55 ± 6 anos. Oitenta e nove mulheres apresentaram PCR-us ≥ 3mg/L (27,21%). Idade, tempo de menopausa e glicemia em jejum foram similares entre os grupos com PCR-us < ou ≥ 3mg/L. Participantes com PCR-us ≥3mg/L apresentaram maiores níveis de triglicerídeos e HOMA-IR (p<0,005) e maior frequência de cintura > 88cm e IMC > 30kg/m² (p<0,001). A distribuição genotípica foi CC: 39,4%, CT: 47,4% e TT: 13,2%. Os níveis de PCR-us foram significativamente maiores nas portadoras de alelo C quando comparadas ao genótipo homozigoto TT [1,85 (0,74 - 3,73) vs. 1,28 (0,59 - 2,09), p = 0,017]. As portadoras do alelo C (CC+CT) foram mais prevalentes no grupo com PCR-us ≥3mg/L (97% vs. 83%, p = 0,003) e apresentaram razão de prevalência (RP) para PCR-us ≥3mg/L de 4,34 [IC95% 1,44-13,11], (p = 0,009). IMC e idade tiveram RP de (1,07 [IC95% 1,04-1,10] e 1.03 [IC95% 1,01-1,06], p<0,03). Níveis de estradiol apresentaram RP de 0.99 [IC95% 0,98 – 0.99], (p = 0,03). Conclusão: A presença do alelo C do SNP rs1205 do gene CRP foi associada com maior prevalência de inflamação crônica de baixo grau e risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa.