Meio ambiente, Estado e inovações : o desenvolvimento verde na China

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Freire, Adria de Arruda Moura
Orientador(a): Cunha, Andre Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239309
Resumo: Não é de hoje que questões concernentes ao desenvolvimento verde estão em pauta entre governantes e economistas. A situação ambiental está conectada de forma intrínseca a questões sociais, como a melhoria da qualidade de vida, educação e saúde. Assim, países em desenvolvimento podem acabar sofrendo uma dupla desvantagem, na medida em que, ao mesmo tempo em que sofrem grandes impactos derivados da degradação ambiental e das mudanças climáticas, espera-se que exerçam contribuições para sua mitigação, através da redução de suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), o que pode ser custoso em termos de seu desenvolvimento econômico. A China é atualmente a maior economia global em paridade do poder de compra e a segunda maior em dólares correntes, sendo também a segunda maior investidora em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). No entanto, ainda é o país mais poluidor do mundo, responsável por aproximadamente 27% das emissões de GEE de todo o planeta. Por outro lado, nos anos recentes vem se tornando referência no que diz respeito à ecoinovação. Ocorre que, em seus estágios iniciais, a indústria verde dificilmente surgiria naturalmente através de forças de mercado, fazendo-se necessária uma participação ativa do Estado. O objetivo desse estudo é explorar as relações entre inovação e políticas de desenvolvimento na China, mais especificamente no que diz respeito a inovações voltadas para o meio ambiente e um desenvolvimento mais verde e menos predatório, com foco em observar a atuação do Estado e de que modo esses objetivos e metas são viabilizados. Para isso, fez-se uso de fontes primárias - a saber, planos, pronunciamentos, acordos internacionais, etc. – disponíveis online, compreendendo um período de dezesseis anos, de 2006 a 2021. As principais conclusões aqui estabelecidas são que existe a presença de uma Política de Estado, de modo que um Plano Quinquenal surge para complementar o já vinha sendo feito no anterior, além de uma visão de longo prazo; o governo chinês atua como um Estado empreendedor, de forma consciente e intencional, possuindo uma visão de que o desenvolvimento ocorre através de mudanças estruturais e da inovação e se propondo a promover a modernização industrial a partir da inovação científica, orientar o fluxo de investimentos, talentos e tecnologia para as empresas, instigar a união estratégica de P&D e produção e gerar aumento da competitividade do núcleo industrial; há também o desenvolvimento de um Sistema Nacional de Inovação, ocorrendo interações entre ciência, tecnologia, aprendizado, produção, políticas e demanda, compreendendo um processo inovativo gradual e cumulativo, visando o desenvolvimento tecnológico doméstico e independente da importação de tecnologia estrangeira.