As marcas e patentes na reprodução do espaço desigual: Estados Unidos e China

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andaku, Evandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18062021-182020/
Resumo: Nesta tese temos como objetivo inicial demonstrar que os direitos de propriedade intelectual, e mais acentuadamente as marcas e as patentes, se constituem em mecanismos de desenvolvimento desigual que se refletem espacialmente, na medida em que ajudam a criar monopólios de tecnologia e conhecimentos científicos em favor de atores hegemônicos da economia mundial. Trata-se de instrumento de manutenção e aprofundamento da divisão internacional do trabalho. Como segundo objetivo, sustentamos que os Estados Unidos, que tomou a frente da economia mundial a partir do último quarto do Século XIX, seguido posteriormente por Japão e países da Europa Ocidental, com suas empresas, divide hoje a hegemonia econômica e tecnológica com a China, que iniciou seu processo de ascensão 100 anos depois, no último quarto do século XX. Em um contexto de transição, fazemos breve incursão para afirmar que a ascensão e eventual hegemonia chinesa, embora com outra face cultural, apresentará uma geopolítica e uma geoeconomia levemente diferente, uma vez que a China segue o jogo de poder dentro de um mesmo sistema global de unicidade técnica. Utilizamos como método de trabalho a pesquisa analítica dos registros de marcas e patentes junto aos órgãos internacionais, as transações e litígios envolvendo as patentes e as marcas e ainda a ampla leitura de documentos que cuidam dessa ascensão chinesa, mas mais acentuadamente da literatura das últimas décadas, período em que esta ascensão se fez mais visível, sem descartar os clássicos da Geografia e da Economia. Os resultados apresentados confirmam os pressupostos iniciais da pesquisa, com uma conclusão de que a China já exerce um poder significativo a ponto de dizer que já compartilha, no mínimo, da hegemonia americana.