Avaliação biomecânica de métodos de osteossíntese de tibiotarso em galinhas-domésticas (Gallus gallus domesticus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carvalho, Anderson Luiz de
Orientador(a): Alievi, Marcelo Meller
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/280094
Resumo: A investigação da eficácia de técnicas de osteossíntese em aves é limitada quando comparada aos animais domésticos e aos humanos. Além disso, o uso de metodologias objetivas, como ensaios biomecânicos e análises de locomoção, é ainda mais escasso nessa classe de animais. Com o intuito de contribuir para esse tema, um primeiro experimento ex vivo foi conduzido para comparar parâmetros biomecânicos de tibiotarsos intactos e tibiotarsos com uma falha segmentar diafisária de 5 mm reparados com uma das seguintes técnicas de osteossíntese: placa bloqueada (PB) com dois parafusos por fragmento, placa bloqueada com dois parafusos por fragmento associada a pino intramedular (PB-IM), fixador esquelético externo tipo IA com um pino rosqueado por fragmento ósseo, associado a um pino intramedular liso (Tie-in 1), e fixador esquelético externo tipo IA com dois pinos rosqueados por fragmento, associado a um pino intramedular liso (Tie-in 2). Os resultados desse estudo demonstraram que os métodos de PB e Tie-in 2 apresentaram semelhança nos parâmetros de rigidez à torção ou flexão cíclica e resistência à torção ou flexão destrutiva. Com base nesses resultados, um segundo experimento foi realizado, envolvendo 30 galinhas vivas, para testar as técnicas de PB e Tie-in 2. As aves foram divididas em um grupo controle e dois grupos de tratamento, cada um com 10 aves, e foram avaliadas durante 73 dias de pós-operatório para coleta de dados cinéticos, cinemáticos e clínicos. Os resultados obtidos indicaram que a técnica de análise em plataforma de força foi eficaz na obtenção de dados de cinéticos em apoio simples, permitindo estabelecer índices de simetria entre as pernas direita e esquerda de cada ave. No grupo controle, observou-se simetria em todos os parâmetros ao longo do tempo. O grupo PB apresentou uma recuperação mais rápida da simetria entre membros em relação aos parâmetros de pico de força vertical e da taxa de propulsão, em comparação com o grupo Tie-in, que recuperou a simetria apenas no dia 73, após remoção dos implantes. Quanto aos parâmetros de taxa de frenagem e percentual de apoio simples, não foi possível evidenciar similaridade estatística nos dados do dia 73 em comparação ao pré-operatório, em ambos os grupos de tratamento. Não houve diferença estatística na consolidação óssea entre grupos, porém foi observada não união em 20 e 50% das aves dos grupos Tie-in e PB, respectivamente. Em conclusão, a técnica de placa bloqueada apresenta maior simetria ao longo do tempo para os parâmetros de força vertical e taxa de propulsão em relação ao grupo Tie-in, mas a simetria taxa de frenagem e do apoio não foi totalmente recuperada aos 73 dias.