Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Guilherme Vargas |
Orientador(a): |
Viero, Antonio Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/133636
|
Resumo: |
A região Oeste do Rio Grande do Sul (RS) é marcada por sucessivas crises de abastecimento de água nos períodos de estiagem. Estudos hidrogeológicos e estruturais se fazem necessários a fim de compreender a dinâmica de fluxo das águas nos aquíferos da região. Os aquíferos na Fronteira oeste são divididos em Sistema Aquífero Guarani(SAG) e Aquífero Serra Geral. O SAG é considerado um grande sistema aquífero composto por unidades hidroestratigráficas. Essas unidades diferem entre si em termos de parâmetros físicos e químicos. Logo, o objetivo geral deste estudo reside na caracterização hidrogeológica, estrutural e hidroquímica dos aquíferos Juro-Cretáceos da região sudoeste do RS. Os dados utilizados foram obtidos no SIAGAS, banco de dados hidrogeológicos da CPRM, e foram tratados e interpretados à luz do conhecimento atual sobre dinâmica de aquíferos e evolução química de águas subterrâneas. A análise estatística compreendeu duas etapas, sendo a primeira a análise fatorial dos componentes principais e a segunda de análise de agrupamento. Foi realizado mapeamento das estruturas rúpteis e interpretação de imagens. Os resultados obtidos neste estudo permitem concluir que predomina o Sistema Aquífero Serra Geral com mais de 90% da área aflorante e a orientação dessas estruturas no compartimento Oeste é preferencialmente de noroeste. Apenas as grandes falhas parecem favorecer vazões superiores. Já nos basaltos, o fluxo se dá sempre nas fraturas, e a densidade de fraturas parece estar diretamente relacionada a uma maior produtividade dos poços tanto em estruturas regionais quanto em estruturas menores. O mapa de isolinhas na interface Botucatu-Serra Geral permitiu verificar que existem movimentos verticais causados por falhas oriundas de esforço tectônico. As vazões registradas na área tem valor médio de 21 no SAG e no SASG 15,12. Uruguaiana, Alegrete, Santana do Livramento, Cacequi, Itaqui são as localidades onde a vazão é mais pronunciada em relação as demais, sendo que em Alegrete e Uruguaiana é possível captar água tanto do basalto quanto do arenito e obter boas vazões. Constatado também que existem três grupos principais de águas verificados por meio de análise estatística e confirmados nos diagramas de dispersão, sendo que o Grupo 1 percola apenas no Aquífero Serra Geral, o Grupo 2 é enriquecido em Cálcio, Sódio e Magnésio e mostra ampla mistura de águas e o Grupo 3 está restrito apenas aos pacotes sedimentares. Essa mistura de águas é facilitada por meio de fraturas e as concentrações desses elementos tiveram ampla afinidade com zonas de alta densidade de fraturas no mapa de concentrações. Ainda, os carbonatos contribuem para a solubilização de cálcio no sistema, assim como a anidrita. A interpretação dos dados hidroquímicos apresentados sugere que a Formação Irati da Bacia do Paraná é a principal fonte das altas concentrações de alguns íons (como sódio, flúor, cloro e sulfato) dissolvido nas águas subterrâneas da Serra Geral e do Sistema Aqüífero Guarani na área de estudo. |