Movimentos da Guajayvi : Narrativas de descolonização desde a escola indígena Mbyá Guarani

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tomazzoni, Márcia Luísa
Orientador(a): Menezes, Magali Mendes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217588
Resumo: A presente pesquisa foi construída a partir da minha experiência como educadora não indígena junto à escola estadual da comunidade Mbyá Guarani Guajayvi, situada em Charqueadas, Rio Grande do Sul (RS-Brasil). A pesquisa é composta por narrativas e reflexões que falam do meu trajeto, desde abril de 2017, como educadora numa escola não indígena, que realiza a visitação a uma comunidade Mbyá Guarani de Viamão/RS e vai se descobrindo com uma formação eurocentrada. Essa descoberta, que vai se expandindo e se aprofundando ao longo do caminhar, traz consigo o desvelar de uma bibliografia latino-americana – de autorxs de Abya Yala –, anteriormente desconhecida para mim. As narrativas, em diálogos com essa bibliografia, buscam cartografar os movimentos que emergem de meu cotidiano como educadora, num caminho que leva o olhar da escrita para as imagens e a oralidade, que constituem a escola Mbyá Guarani, um modo de produção e transmissão de conhecimentos que é milenar. A sociologia da imagem, da autora boliviana Silvia Rivera Cusicanqui, torna-se uma referência que, junto ao diálogo constante com os estudantes da comunidade, surge como modo de compreender e de tecer uma linguagem de pesquisa a partir das imagens e da oralidade carregadas da cosmologia dos Guarani, revelando uma profunda consciência do povo Mbyá sobre a sua própria história e indicando pistas para a construção da interculturalidade, ao assumirmos um modo próprio de aprendizagem – o da descolonização das práticas pedagógicas a partir da escola indígena.