Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Cossio, Rodrigo Rasia |
Orientador(a): |
Coelho-de-Souza, Gabriela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132945
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Resumo: |
O mundo rural latino-americano é particularmente belo se levada em conta a diversidade biológica e cultural. A presença milenar de coletivos indígenas nas florestas subtropicais, bem como a própria existência destas matas entre cidades e plantações, no entanto, parece uma dimensão pouco privilegiada tanto no imaginário regional quanto nas análises e projeções sobre o meio rural. É neste sentido que prestar atenção aos Mbya Guarani pode ser um desafio reflexivo especialmente no campo do desenvolvimento rural, para o qual a etnoecologia tem condições de contribuir. A dissertação propõe uma etnoecologia caminhante com o objetivo de analisar a cosmo-ecologia e a circulação de plantas em comunidades Mbya Guarani da Floresta Estacional entre Brasil e Argentina, ka‟aguy Para Miri katy, na interface com diferentes projetos de desenvolvimento. A caminhada etnoecológica procura enxergar a existência ou as possibilidades de uma alternativa Guarani no âmbito do desenvolvimento rural ao caracterizar práticas de manejo, uso e aspectos botânicos da cosmo-ecologia Mbya Guarani e descrever os fluxos da circulação de plantas. O trabalho de campo etnográfico foi realizado a partir da Tekoa Koenju (RS) para a comunidade de Tamandua, Provincia de Misiones, Argentina. Caminhou-se no espaço-tempo Mbya Guarani para visualizar, com as plantas, a sutileza das famílias ao diluir fronteiras entre tradicional e não tradicional, nativo e exótico, e entre os países criados sobre seu território. Apoiada em uma etnoecologia oguata va‟e, caminhante, a pesquisa pôde seguir as relações estabelecidas com plantas a partir das aldeias e discutir como os Mbya Guarani interagem com variados projetos de desenvolvimento ao longo do tempo e nos diferentes países. Observa-se uma perspectiva Guarani de descolonização não-violenta histórica e contemporânea. |