Avaliação da gestão da rede de educação permanente em saúde : estudo de caso da 1a Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brondani, Stephani Catherini Paz
Orientador(a): Warmling, Cristine Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/223199
Resumo: INTRODUÇÃO: Transformações no modelo de atenção à saúde são uma necessidade imperativa e desafiadora e tem na articulação do campo da Educação ao da Saúde uma estratégia potente para sua efetivação. A Educação Permanente em Saúde é compreendida em seu sentido amplo como ensino-aprendizagens no trabalho, por meio da problematização das realidades sociais e profissionais. Possui como meta transformar as práticas de atenção. Este estudo apresenta como questão norteadora responder a curiosidade de como construir caminhos metodológicos participativos no campo da gestão e avaliação institucional de políticas nas redes de Educação Permanente em Saúde nos municípios e estados? OBJETIVO: analisar os processos de gestão de Redes de Educação Permanente na Saúde da 1 a Coordenadoria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. METODOLOGIA: Tratase de um estudo de caso do tipo holístico com abordagem qualitativa. Compuseram os cenários do estudo os serviços responsáveis pela gestão da Educação Permanente de Saúde de municípios pertencentes a 1 a Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Foram considerados potenciais participantes do estudo os profissionais e gestores de saúde responsáveis pela condução de processos de gestão de Educação Permanente em Saúde da 1 a Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Para a produção de dados foi realizado análise documental, observação participante dos encontros mensais de gestão da Educação Permanente em Saúde promovidos pelo Núcleo Regional de Educação em Saúde Coletiva da 1 a Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, realização de entrevistas (gravadas em áudio e transcritas) e de grupos focais (filmados e transcritos) com trabalhadores e gestores protagonistas da gestão de das Redes de Educação Permanente em Saúde. Foi utilizado um roteiro para condução das entrevistas e grupos focais elaborado baseado nas dimensões qualitativas de Amaral e Bosi (2017) para a avaliação das redes de EPS. Após a categorização dos dados, as dimensões foram submetidas a uma análise para a interpretação dos dados e aproximação com o referencial teórico utilizado. RESULTADOS: Os resultados apresentados apontam que a gestão é feita por determinados atores de forma centralizada e pessoalizada. Mostram o desconhecimento de trabalhadores e gestores da importância e do papel da EPS no processo de trabalho. Além de salientar que o quadrilátero não é efetivamente contemplado durante o planejamento, monitoramento e execução das práticas de EPS. Ressaltam que o controle social compõe fator fundamental da conectividade da gestão, da assistência e do ensino. Os resultados servirão de base para a elaboração de um boletim informativo que será direcionado à 1 a Coordenadoria para que a mesma divulgue entre os municípios, por via digital. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A política de EPS pode oportunizar a ampliação da capacidade assistencial, melhorar os processos de trabalho, favorecer a educação em saúde, assim como propiciar a socialização entre trabalhadores e usuários, instrumentalizar no desenvolvimento de autonomia, a participação ativa dos processos de trabalho, corresponsabilização dos sujeitos, promover circulação dos saberes e a construção de projetos coletivos. Tais momentos são compreendidos como espaços produtores e promotores de saúde que possuem efeitos nos sujeitos e coletividades, possuindo mecanismos terapêuticos próprios que permitem trocas de experiências e transformações subjetivas que não seriam alcançáveis em momentos isolados e descolados do processo de trabalho. Espera-se que este trabalho subsidie e instigue novas pesquisas para a elucidação de respostas para as perguntas que aqui surgiram, e de outras que podem emergir.