Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Schafer, Julia Luiza |
Orientador(a): |
Salum Junior, Giovanni Abrahão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/246136
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Resumo: |
Adversidade na infância tem sido consistentemente associada a consequências prejudiciais ao desenvolvimento infantil. Tais experiências podem assumir diferentes formas, levando a influências diferentes em aspectos distintos do desenvolvimento. Não é claro se as associações de adversidade na infância e desfechos negativos no desenvolvimento variam conforme as diferentes formas e tipos de eventos adversos. Os artigos que compõem esta tese têm como objetivo investigar associações transversais e longitudinais da adversidade na infância, medida como ameaça e privação, com psicopatologia, processamento emocional e aspectos distintos da cognição. Para isso, os dados são extraídos de avaliações realizadas em três momentos da Coorte Brasileira de Alto Risco (BHRC), uma grande coorte comunitária de base escolar que ocorre nas cidades de São Paulo e Porto Alegre. O artigo #1 investiga os construtos latentes de ameaça e privação, seguindo um modelo dimensional de adversidade, enquanto investiga suas associações transversais e longitudinais com psicopatologia, processamento emocional medido como viés de atenção para faces com raiva e funções executivas (FE) durante um período de três anos. O artigo nº 2 expande as descobertas do artigo nº 1 no sentido de que investiga associações de ameaça e privação com psicopatologia e FE em um período de seis anos, ao mesmo tempo em que ajusta essas associações para outras formas de experiências ambientais medidas como eventos estressores de vida (SLE). Os resultados apoiam a ideia já presente na literatura de que a ameaça e a privação influenciam diferencialmente o desenvolvimento, com a ameaça sendo mais fortemente associada à psicopatologia e a privação com pior desempenho em tarefas de FE. As influências de ameaça e privação nos resultados foram persistentes ao longo do tempo e independentes de outras exposições a eventos estressores de vida, 14 sugerindo sua influência persistente na saúde mental ao longo da vida. Tais resultados contribuem para o conhecimento prévio sobre a importância de identificar dimensões do desenvolvimento que são prejudicadas por eventos específicos de adversidade na infância na direção de desenvolver melhores estratégias de intervenção visando prevenir o aparecimento de transtornos mentais, bem como tratar de forma direcionada os problemas e dificuldades de crianças e adolescentes expostos a eventos adversos na infância. |