O percurso das imagens : a estatuária missioneira no Museu Júlio de Castilhos e no Museu das Missões (1903-1940)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Thielke, Natália
Orientador(a): Possamai, Zita Rosane
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/107931
Resumo: Esta Dissertação de Mestrado tem como escopo a análise sobre a circulação das esculturas em madeira policromada remanescentes dos povoados jesuítico-guaranis que se estabeleceram na região sul-rio-grandense durante os séculos XVII e XVIII no espaço do Museu Júlio de Castilhos e do Museu das Missões, tendo como recorte temporal o período compreendido entre 1903 e 1940 que se referem ao momento de criação dos dois museus respectivamente. Discorro sobre o percurso museal da estatuária missioneira entre essas duas instituições, bem como sobre o agenciamento das mesmas no espaço de cada museu numa tentativa de compreender como são representados o passado e a história nessas instituições. Utilizo os conceitos de visualidade, poder/saber, representação e apropriação a partir de diferentes autores para tentar mapear as tensões envolvidas no processo de atribuição de sentidos às esculturas em seu circuito de musealização e as narrativas visualmente engendradas a partir delas. A investigação foi construída a partir de três capítulos: o primeiro “Guaranis e Missionários: a vida que se esculpiu nas Reduções”, tem como foco a historicização das Reduções Jesuítico-Guaranis e dos espaços onde as esculturas sacras eram produzidas; na sequência, “Peregrinos na capital: a Imaginária Guarani em Porto Alegre” aborda a forma como alguns exemplares das esculturas são trazidas para Porto Alegre no início do século XX e sua posterior incorporação ao acervo do Museu Júlio de Castilhos, finalmente, em “Um ‘simples abrigo’ em outra capital” trata da criação do Museu das Missões, e analisa os processos de atribuição de sentidos às esculturas que passam a conformar seu acervo. Para realizar o trabalho, constitui como corpus documental fotografias, artigos jornalísticos e documentos oficiais nacionais das esferas estadual e federal. O aporte teórico da presente dissertação está calcado, sobretudo, nos pressupostos de autores como Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses e Paulo Knauss, no que se refere ao estudo da História Visual; Roger Chartier, com relação à instabilidade dos sentidos atribuídos aos artefatos culturais; Zita Rosane Possamai, no que concerne ao conceito de percurso museal; Arno Kern, e Eduardo Santos Neumann, a respeito das Reduções Jesuítico-Guaranis. As aproximações sucessivas com o corpus documental da pesquisa permitem tornar pensável o processo de atribuição de sentido às esculturas missioneiras a partir de relações de ordem política e moral.