Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Mattiolli, Isadora Buzo |
Orientador(a): |
Santos, Alexandre Ricardo dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/180777
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Resumo: |
Este trabalho investiga a produção em fotografia e vídeo de artistas que utilizaram o próprio corpo como objeto de representação nos anos 1970, sob um viés de análise feminista e de gênero. O objetivo principal foi o de destacar se houve ou não a influência do movimento feminista de segunda onda na obra de artistas brasileiras. As artistas Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Iole de Freitas, Lenora de Barros, Regina Vater e Sonia Andrade fazem parte do meu escopo de estudos de caso. O desenvolvimento do trabalho foi fundamentado em entrevistas inéditas com as artistas pesquisadas e a apreciação de suas obras que atendem ao recorte escolhido. A partir da criação de três categorias baseadas no conteúdo dos trabalhos artísticos, foram definidos os seguintes temas: a esfera do privado em oposição à pública, a construção ficcional de si e a estética da violência. Cada um desses núcleos temáticos orientam os três capítulos que constituem a dissertação: “O corpo é a casa”, “O corpo é a camuflagem” e “O corpo é a fissura”, respectivamente. No primeiro capítulo, apresento obras que expõem questões relativas ao espaço doméstico e às funções gendradas vivenciadas por mulheres, por meio da interlocução teórica de Hannah Arendt e Jayne Wark. No segundo, aponto obras que se relacionam com a ideia de identidade fragmentada com base em construções ficcionais de si. Teresa de Lauretis, Donna Haraway, Luiz Sérgio de Oliveira e Janet Wolff foram as contribuições teóricas mais significativas do capítulo. Por fim, no terceiro, abordo obras produzidas no contexto da ditadura militar no Brasil, que confrontam as violências do período decorrente de censuras, torturas e cerceamento das liberdades individuais e coletivas, baseando-me em três autores que se dedicaram sobre o período: Artur Freitas, Claudia Calirman e Margareth Rago. Com o suporte metodológico de uma análise de conteúdo das entrevistas e o parecer teórico-crítico das obras, foi possível inferir que o discurso das artistas sobre os seus trabalhos não possui intenções feministas na maioria das vezes. Todavia, as ideias presentes nos seus trabalhos em fotografia e vídeo indicam preocupações comuns ao feminismo daquele período. A contradição entre o discurso e a prática foi a pergunta que guiou o processo de escrita do trabalho. |