Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Paula Vanessa Paz |
Orientador(a): |
Pinto, Celi Regina Jardim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206483
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Resumo: |
Esta tese é dedicada à análise da composição da bancada gaúcha na Primeira República e o comportamento dos seus parlamentares no contexto anterior e posterior à sucessão presidencial de Epitácio Pessoa, em 1922. A investigação da representação do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados se justifica pelo fato de haver poucas pesquisas sobre o assunto e de sua bancada ter sido uma das mais estáveis e importantes da federação. Já a ênfase conferida ao contexto da eleição presidencial de 1922, deve-se ao fato de acreditarmos que as razões apresentadas pelos pesquisadores para explicar o veto de Borges de Medeiros à candidatura de Arthur Bernardes não são suficientes para entender por que se opôs aos estados mais poderosos da política federal, Minas Gerais e São Paulo, que possuíam maioria na Câmara e exerciam grande influência na indicação dos parlamentares aos cargos eletivos. Desse modo, nos dedicamos ao estudo da bancada gaúcha e examinamos como esta estava composta por meio da análise dos processos eleitorais. O emprego de um conjunto de fontes, dos jornais, diários e anais da Câmara dos Deputados (1891-1924), nos permitiu verificar o número de candidatos por eleição, a atuação das agremiações, a quantidade de mandatos e mensurar as taxas de conservação e renovação política a cada nova legislatura. A partir da percepção da bancada gaúcha, tivemos condições de analisar o comportamento dos seus parlamentares no contexto político dos anos 1920 a 1924. Neste estudo, as correspondências e as atas da bancada nos possibilitaram ter acesso aos bastidores da política federal e identificar a opinião dos parlamentares acerca dos acontecimentos e do posicionamento das lideranças estaduais. Por meio das análises desenvolvidas, constatamos que houve competição partidária no Rio Grande do Sul, que os candidatos da oposição foram eleitos às vagas da bancada gaúcha – apesar de minoritários – e que a direção do PRR empregou a estratégia da rotatividade ao indicar seus candidatos à câmara, o que sugere renovação parlamentar. No que concerne à oposição do PRR à Coligação Bernardes, identificamos que Borges de Medeiros acreditava que a candidatura do presidente de Minas Gerais não sobreviveria e que o Catete e os estados que haviam se comprometido com ele desistiriam de seu apoio em prol de outro candidato, que congregasse os blocos divergentes. |