Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moura, Matheus Fernandes Zoch de |
Orientador(a): |
Welp, Anamaria Kurtz de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/259644
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Resumo: |
Embora regulamentado como parte do currículo obrigatório da educação básica no Brasil, o ensino de inglês ainda se constitui um desafio em alguns contextos em que se insere. Seja na escola pública ou privada, a abordagem pedagógica para o ensino das línguas adicionais (LAs) acontece por caminhos variados a partir da escolha das instituições de ensino, juntamente às diretrizes maiores, as governamentais. Nesse contexto, esta dissertação tem como objetivo principal investigar quais fatores contribuem ou dificultam o aprendizado de inglês como LA em uma escola privada. Ainda, pretende-se entender como os participantes do estudo percebem sua relação com a língua inglesa e como essas variáveis afetam suas trajetórias de aprendizagem, bem como a sua aula de língua enquanto componente curricular do currículo do Ensino Médio. Com o objetivo de compreender melhor as variáveis presentes no modo como os estudantes da escola aprendem a LA, doze estudantes foram entrevistados e questionados sobre seus percursos individuais de aprendizagem, organização familiar e situação socioeconômica. A partir do conceito de capital cultural cunhado por Bourdieu (1979), foram estabelecidas relações entre o inglês como bem simbólico e as experiências culturais e de vida dos participantes, buscando entender até que ponto essas questões se relacionavam ou não. No referencial teórico que embasa este trabalho, também foram problematizadas a relação da classe social e dos processos de racialização dos sujeitos enquanto aprendizes de uma LA de prestígio. As entrevistas semiestruturadas foram divididas em quatro blocos de perguntas com diferentes propósitos e aconteceram no segundo semestre de 2022. Da análise dos dados, foi possível perceber como fatores de dentro e fora da sala de aula têm impactado o aprendizado dos participantes do estudo, além de pontos em comum que explicam tanto as possibilidades quanto as dificuldades que vêm encontrando em sua trajetória aprendendo inglês. Por fim, os jovens também foram instigados a sugerirem caminhos que pudessem alavancar seu aprendizado nas aulas de inglês a fim de avançarem nos conteúdos propostos, não apenas com vistas para seu próprio rendimento, mas trazendo sugestões coletivas para serem implementadas na escola onde os dados foram gerados. Nos resultados, são apontados e discutidos os papeis das questões individuais (raça, estrutura familiar, capital cultural e relação com a LA) e coletivas do ambiente escolar (proposta pedagógica, currículo, metodologia e avaliação) no aprendizado dos participantes. Contrariamente a uma visão hegemônica da língua inglesa, advoga-se nesta dissertação o ensino dessa língua sob uma perspectiva decolonial, procurando desierarquizar sua relação com outras línguas e romper com a noção de que somente falantes provenientes de países de língua inglesa do norte global detêm a propriedade desse idioma (PARDO, 2019). |