DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: A ESCOLA, O EDUCANDO E A FAMÍLIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Kênia Ribeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/1024
Resumo: Apesar de inumeráveis estudos sobre o tema dificuldade de aprendizagem e de exaustivos esforços, ao longo da história da Educação, para se encontrar explicações quanto às causas do não aprender, considera-se pertinente, ainda hoje, abordá-lo, por entender que tal assunto ainda não foi suficientemente esclarecido, uma vez que os problemas de aprendizagem persistem e se manifestam de diferentes modos no cenário educacional brasileiro. Este trabalho investiga tal assunto, explicitando o debate sobre a dificuldade de aprendizagem presente no discurso pedagógico brasileiro, desde a época da República. Considera-se, para a análise dos dados, o conceito de Aprendizagem na concepção de Lev. Vigotsky e de sua perspectiva histórico-cultural, os postulados de Bernard Charlot acerca do saber e da relação que o sujeito estabelece com o saber e as explicações de Philippe Meirieu para o processo de elaboração do conhecimento. Ainda como referência é considerado o conceito de Dificuldade de Aprendizagem sob uma abordagem sociológica, tomando como pressuposto teórico a formulação de Pierre Bourdieu sobre a função da escola nas sociedades capitalistas e, em especial, o seu conceito de capital cultural. Por meio da pesquisa empírica realizada em duas escolas públicas municipais de Goiânia e a partir da sistematização e da análise dos dados obtidos, a presente dissertação explicita como a escola e seus educadores, os educandos e as famílias compreendem, explicam e analisam a dificuldade de aprendizagem e, ainda, como se dá a articulação entre o capital cultural e o conhecimento acadêmico exigido pela escola em relação à aprendizagem do educando. Os dados evidenciam uma relação pedagógica entre educadores e educandos frágil e ineficiente, cuja prática pedagógica não contribui para efetivação de uma aprendizagem significativa. A escola atribui a causa da dificuldade de aprendizagem a fatores externos a ela, contribuindo, assim, para a reprodução das desigualdades educativas e, consequentemente, para as desigualdades sociais.