Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Copatti, Ana Luiza |
Orientador(a): |
Silva, Milena da Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249452
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Resumo: |
A presente pesquisa de mestrado buscou refletir acerca da temática que envolve as mulhereS e as maternidadeS, considerando que não existe A mulher, nem A maternidade. Partindo dessa ideia, o processo de escrita foi marcado pelo intuito de validar discursos - falados ou escritos - de mulheres que são mães na tentativa de fornecer um espaço onde não reverberem os discursos (mal)ditos naturalizados e cristalizados sobre a mulher e sua vivência - única e singular, não universal. O objetivo que delineou esta pesquisa foi pensar sobre qual é o espaço possível para a mulher ser sujeito, após tornar-se mãe, considerando os entrecruzamentos entre o feminino e a maternidade, tendo como contexto de análise a vivência de distanciamento social de mulheres que são mães em decorrência da Covid-19. Nesse sentido, mulheres que são mães foram convidadas, através das redes sociais, a partilhar um relato de suas experiências de distanciamento social, partindo da pergunta: “Como tem sido ser mulher e mãe em tempos de pandemia?”. A via metodológica que norteou a construção e análise deste trabalho foi a pesquisa psicanalítica. O conteúdo dos relatos demarcou que, na contemporaneidade, assiste-se a uma angústia feminina frente ao instável arranjo social que se coloca como parâmetro do que é ser mulher, tornando difícil a tarefa de entender-se como sujeito. Ademais, a partir das experiências colocadas pelas mulheres, compreendeu-se o quanto a maternidade necessita ser vista como um evento multifacetado, a qual não se restringe ao conceito de instinto materno e que sofre ressonâncias da cultura, do tempo e do período histórico no qual se constrói e se vive. A pandemia, enquanto pano de fundo de análise, escancarou a existência de uma sobrecarga de trabalho insustentável e muitas vezes invisível, o que requer que o exercício de pensar tais temáticas seja constante e contínuo já que, não há, portanto, um saber hegemônico sobre “ser mulher” e “ser mãe”. |